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Mundo

Rascunho da COP28 descarta eliminação de combustíveis fósseis

Tema é um dos principais entraves nas negociações

11 dez 2023 - 11h37
(atualizado às 11h55)
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Um novo rascunho de acordo na COP28, em Dubai, excluiu uma perspectiva para o fim do uso de combustíveis fósseis no planeta, em uma tentativa de obter um consenso antes desta terça-feira (12), data marcada para o fim da cúpula climática da ONU.

O texto foi divulgado pela presidência da COP28 e reconhece a necessidade "de uma redução profunda e rápida do consumo e da produção de combustíveis fósseis, em modo justo, ordenado e equânime, para garantir emissão zero antes ou por volta de 2050, como recomendado pela ciência".

No entanto, o esboço não fala mais em "eliminação" dos combustíveis fósseis, termo que representava um entrave nas negociações devido à oposição de nações sustentadas pelo petróleo, como a Arábia Saudita, mas também de potências como os Estados Unidos.

Segundo esses países, as emissões produzidas pela queima de gasolina, diesel e carvão, entre outros poluentes, seriam compensadas por tecnologias de captura de carbono da atmosfera.

"Eliminar gradualmente não quer dizer que todos vão sair ao mesmo tempo dos combustíveis fósseis. O importante é que seja compatível com zerar as emissões até 2050 e em linha com 1,5ºC de aumento", alertou o secretário-geral da ONU, António Guterres, que cobrou "máxima ambição e flexibilidade" dos países.

O texto proposto pela presidência da COP28 também exorta as partes a "acelerar as tecnologias de zero ou baixa emissão, como energias renováveis, nuclear e captura e estocagem de carbono, de modo a potencializar a substituição das tecnologias fósseis nos sistemas energéticos".

O rascunho pede ainda para os países triplicarem a capacidade instalada de fontes renováveis e duplicar a eficiência energética até 2030.

Fontes do Ministério do Meio Ambiente da Itália afirmaram que o objetivo é alcançar um acordo que "garanta uma transição justa e sustentável, com soluções construtivas que não sejam reféns de posições extremas e ideológicas".

Ansa - Brasil   
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