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Califórnia: Quase 1.000 estão desaparecidos após incêndio

Restos mortais de 77 pessoas foram recuperados, informou o xerife do condado de Butte

19 nov 2018 - 08h57
(atualizado às 09h38)
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Serviços de emergência vasculharam os destroços carbonizados do pior incêndio florestal da história do Estado norte-americano da Califórnia no domingo, buscando sinais das quase 1.000 pessoas que se acredita ainda estarem desaparecidas enquanto equipes progrediam no controle das chamas.

Bombeiro inspeciona casa destruída por incêndio florestal em Paradise, na Califórnia 14/11/2018 REUTERS/Terray Sylvester
Bombeiro inspeciona casa destruída por incêndio florestal em Paradise, na Califórnia 14/11/2018 REUTERS/Terray Sylvester
Foto: Reuters

Os restos mortais de 77 pessoas foram recuperados, informou na noite de domingo o escritório do xerife do condado de Butte, que reduziu o número de desaparecidos de 1.276 para 993.

O Incêndio Camp irrompeu no norte da Califórnia em 8 de novembro, e na semana passada praticamente arrasou Paradise, cidade montanhosa de quase 27 mil habitantes localizada cerca de 145 quilômetros ao norte da capital Sacramento.

As autoridades disseram que ele consumiu cerca de 60 mil hectares e estava 65 por cento contido na noite de domingo, cinco por cento a mais do que no dia anterior, e a perspectiva de uma grande tempestade a partir da noite de terça-feira alimentou a esperança de que essa percentagem aumente no decorrer da semana.

Elas disseram, porém, que não acreditam conter totalmente o fogo antes de 30 de novembro.

Até 10 centímetros de chuva estão previstos para o norte de San Francisco entre a noite de terça-feira e a sexta-feira, disse Patrick Burke, meteorologista do Centro de Previsões do Serviço Nacional do Clima, em Maryland.

"Este sistema climático está estacionado".

A chuva também tornaria mais difícil para as equipes forenses vasculhar a cinza e a sujeira em busca dos ossos dos mortos. "A chuva perturbará facilmente o solo onde os restos podem ser encontrados", explicou Burke.

Patologistas da Universidade de Nevada de Reno trabalharam durante o fim de semana enquanto bombeiros removiam destroços, coletando pedaços de ossos queimados e fotografando tudo que possa ajudar na identificação das vítimas.

A tempestade, que deve provocar ventos moderados de 24 a 32 quilômetros por hora, também pode causar problemas para as pessoas que bateram em retirada, centenas das quais estão abrigadas em barracas e carros.

Não está claro quantas pessoas necessitam de abrigo, mas até 52 mil foram obrigadas a se retirar.

"Embora não seja uma tempestade excepcionalmente forte, os incêndios recentes tornam os deslizamentos de lama em colinas e declives um verdadeiro perigo", disse Burke.

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