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Putin questiona legitimidade de Zelenskiy após fim de mandato de ucraniano

24 mai 2024 - 20h39
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira que seu rival ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, não tem legitimidade no cargo após o fim de seu mandato de cinco anos, e que isso será um obstáculo legal caso ambos os lados tenham que participar de negociações de paz.    Com a Ucrânia sob lei marcial pelo terceiro ano, em razão da invasão russa, Zelenskiy não participou de eleições, apesar do fim do seu mandato de cinco anos ocorrer nesta semana, algo que os aliados do país consideram uma decisão correta em tempos de guerra.    A Reuters informou nesta sexta-feira, citando quatro fontes russas, que Putin está pronto para paralisar a guerra com um cessar-fogo negociado, que reconheça as atuais linhas do campo de batalha, mas que a Rússia está preparada para continuar lutando se Kiev e o Ocidente não responderem à proposta.    Em coletiva de imprensa concedida durante uma visita a Belarus, Putin afirmou que o status de Zelenskiy é um problema.    "Mas com quem negocio? Essa não é uma pergunta trivial... Claro que nos demos conta de que a legitimidade do atual chefe de Estado acabou", afirmou.    Autoridades ucranianas descartam qualquer noção de que Zelenskiy não possui legitimidade em tempos de guerra. Ruslan Stefanchuk, presidente do Parlamento ucraniano, afirmou nesta semana que qualquer pessoa que questionar a legitimidade era "inimiga da Ucrânia" e que está espalhando informações falsas.    Putin afirmou que a paz deve ser alcançada por meio do bom senso, e não de ultimatos. Ela deve se basear em documentos trabalhados pelos dois lados nas primeiras semanas da guerra e "nas realidades atuais em solo" -- uma referência ao fato de a Rússia controlar de fato quase 20% do território ucraniano.    "Se chegarmos a esse ponto, precisaremos entender com quem podemos e devemos negociar, para chegar à assinatura de documentos juridicamente vinculantes. E então devemos ter total certeza de que estamos lidando com autoridades (ucranianas) legítimas", concluiu.   

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