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Mundo

Protestos na Venezuela deixam dois mortos e 23 feridos

Confrontos violentos ocorreram perto do Ministério Público em Caracas

12 fev 2014 - 21h18
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Duas pessoas morreram e 23 ficaram feridas nesta quarta-feira (12) após confrontos entre manifestantes opositores ao governo do presidente Nicolás Maduro e grupos que marchavam em apoio ao governo. A informação foi confirmada pela fiscal-geral da República, Luisa Ortega Díaz. Hoje é comemorado na Venezuela o bicentenário da chamada Batalha da Vitória pela Independência. Os protestos reuniram estudantes que protestaram em diversas regiões do país contra o governo de Maduro. Do mesmo modo, houve convocações dos partidos aliados ao presidente para marcar a presença pró-governo nas ruas.

Manifestantes entraram em confronto com a polícia, em Caracas
Manifestantes entraram em confronto com a polícia, em Caracas
Foto: Reuters

Um dos mortos é Juan Montoya, 40 anos, membro de um coletivo do 23 de Janeiro, ligado ao chavismo, conforme informou a fiscal-geral. O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, atribuiu a morte aos "ataques violentos" da direita no país.  A outra vítima é o estudante, do movimento de oposição, Bassil Alejandro Dacosta, 24 anos, que morreu em um hospital da capital Caracas. Os dois, segundo a fiscal-geral, foram baleados.

Luisa Ortega Díaz também informou que quatro carros do Corpo de Investigações Científicas Penais e Criminais foram queimados. "Temos material fotográfico e gravações que comprovam a identidade daqueles que praticaram esses atos violentos", disse, em entrevista coletiva no fim da tarde em Caracas.

Os confrontos violentos ocorreram perto do Ministério Público, em Caracas. Jornalistas e estudantes presentes na hora da confusão afirmam que membros de coletivos armados e encapuzados dispararam contra os manifestantes oposicionistas. Por outro lado, os grupos pró-Maduro e o governo negam a versão e dizem que os estudantes não agiram de forma pacífica, "liderados" pelo governador do estado de Miranda, Henrique Capriles. No país, é comum a formação dos chamados coletivos, geralmente ligados ao chavismo e de bairros mais pobres da cidade. Há coletivos que usam armas, embora o presidente Nicolás Maduro esteja chamando a população ao desarmamento.

A imprensa internacional e nacional informou que houve enfrentamentos e lançamento de objetos de ambas as partes. Vídeos de celulares postados nas redes sociais e no Youtube mostram pessoas feridas.

Agência Brasil Agência Brasil
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