Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Prefeito francês desperta polêmica ao recusar enterro a bebê cigana

3 jan 2015 - 21h59
Compartilhar

umb itemprop="contentUrl" src="http://ichef.bbci.co.uk/wsimagechef/ic/261x147/amz/worldservice/live/assets/images/2015/01/03/150103235135_roma_france_624x351_afp.jpg" width="261" height="147" alt="Comunidade roma perto de Paris (AFP)" />

Muitos acampamentos roma têm sido desmantelados na França

A prefeitura da cidade francesa de Champlan, subúrbio ao sul de Paris, negou-se a permitir o enterro de uma bebê da comunidade cigana roma, despertando a reação de ativistas.

A criança, de cerca de 3 meses de idade, morreu em 26 de dezembro, vítima de síndrome de morte súbita infantil.

Segundo o jornal Le Parisien, o prefeito de Champlan, Christian Leclerc, disse que negou o enterro à criança porque a cidade está ficando sem espaço nos cemitérios e "a prioridade deve ser dada aos que pagam impostos locais".

Procurado pela agência France Presse neste sábado, ele não comentou o caso.

A família do bebê, da origem romena, morava em um acampamento em Champlan.

Ativistas locais expressaram indignação. Um porta-voz da associação regional de solidariedade com os roma descreveu a decisão do prefeito como um caso de "racismo, xenofobia e estigmatização".

Polêmica na França

A presença de ciganos roma, originários do Leste Europeu, é malvista por parte da população e se converteu em uma polêmica questão política na França.

O país tem uma das políticas mais duras da Europa contra esses imigrantes, cujos campos são constantemente desmantelados e seus moradores, deportados aos milhares anualmente por se considerar que eles vivem ilegalmente em território francês.

Muitas dessas deportações despertaram protestos dentro do país e no exterior.

A maioria dos cerca de 20 mil roma da França mora em acampamentos improvisados.

O prefeito de Wissous, cidade próxima a Champlan, disse que a decisão do prefeito vizinho é "incompreensível" e prometeu dar um túmulo à bebê morta por se tratar de "uma questão humanitária" e porque "todos têm o direito a um enterro decente".

Ela deverá ser enterrada na segunda-feira.

BBC News Brasil BBC News Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC News Brasil.
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra