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Paris e Roma cobram 'equilíbrio' no acordo UE-Mercosul para proteger agricultores europeus

A França e a Itália estão pedindo um "melhor equilíbrio" no acordo União Europeia-Mercosul para proteger os agricultores europeus, incluindo a adoção de "cláusulas dedicadas", anunciaram em um comunicado de imprensa conjunto emitido neste sábado (21). Os países alegam que o acordo, no formato atual, não protege suficientemente os agricultores europeus "contra os riscos de perturbação do mercado e não garante a soberania alimentar do continente a longo prazo".

21 jun 2025 - 07h40
(atualizado às 07h43)
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Nos últimos meses, a França intensificou suas iniciativas na Europa para tentar bloquear a adoção do acordo comercial entre a União Europeia e os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), que despertou forte oposição da comunidade agrícola francesa. O texto permitiria que a UE exportasse mais carros, máquinas e bebidas alcoólicas. Em troca, facilitaria a entrada de carne, açúcar, arroz, mel e soja da América do Sul. Benjamin Haddad, ministro Delegado da França para a Europa, reuniu-se com o ministro italiano, Tommaso Foti, em Roma nesta semana, para "discutir possíveis maneiras de melhorar o acordo do Mercosul", de acordo com o comunicado de imprensa conjunto. "Os ministros Haddad e Foti compartilham a necessidade de proteger melhor nossos agricultores e nossas regras sanitárias, inclusive por meio da adoção de cláusulas dedicadas", explica o texto. "Mesmo que contenha benefícios, o acordo UE-Mercosul não protege suficientemente os agricultores europeus contra os riscos de perturbação do mercado e não garante a soberania alimentar do continente a longo prazo", acrescenta. Em 6 de junho, durante uma visita do presidente brasileiro à França, o presidente francês Emmanuel Macron garantiu que estava pronto para assinar um acordo com o Mercosul até o final de 2025, embora sujeito a condições. Lula havia insistido na necessidade de tal acordo, apesar da oposição do setor agrícola europeu. Leia tambémLula prega aumento do fluxo comercial com a França e compara acordo UE-Mercosul à vitória do PSG (Com AFP)

Imagem ilustrativa de um protesto de novembro de 2024, diante da sede da Comissão da União Europeia em Bruxelas, quando agricultores protestaram contra o acordo comercial UE-Mercosul, que eles temem que inundaria o bloco com produtos agrícolas mais baratos. Na placa lê-se "We demand fair prices now", ou seja, 'Exigimos preços justo agora'.
Imagem ilustrativa de um protesto de novembro de 2024, diante da sede da Comissão da União Europeia em Bruxelas, quando agricultores protestaram contra o acordo comercial UE-Mercosul, que eles temem que inundaria o bloco com produtos agrícolas mais baratos. Na placa lê-se "We demand fair prices now", ou seja, 'Exigimos preços justo agora'.
Foto: AFP - SIMON WOHLFAHRT / RFI
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