Tribunal israelense ordena prisão de suposto espião iraniano

Um tribunal israelense decretou nesta segunda-feira a prisão preventiva por oito dias de um iraniano suspeito de espionagem, detido na posse de fotografias da embaixada americana em Tel Aviv. Algemado e com um uniforme marrom, Ali Mansuri permaneceu em silêncio ao ser apresentado pela primeira a um tribunal em Petah Tikva, perto de Tel Aviv, informou um correspondente da AFP no local. As acusações contra ele serão apresentadas em breve.

A notícia de sua prisão em 11 de setembro foi divulgada no último domingo, várias horas depois de o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, partir para os Estados Unidos para denunciar a aproximação histórica entre Washington e Teerã. A imprensa israelense assegurou, citando um oficial da polícia, que a decisão de retirar a censura sobre este caso foi tomada "pelo mais alto nível".

O serviço de segurança interna, o Shin Beth, informou no domingo que Ali Mansuri tinha um passaporte belga e que foi enviado a Israel pelos Guardiões da Revolução, o exército de elite do regime islâmico iraniano. Ele foi preso no aeroporto de Ben Gurion, em Tel Aviv.