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Oriente Médio

Senador republicano denuncia ataques russos contra sírios treinados pela CIA

1 out 2015 - 11h50
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O senador republicano John McCain denunciou nesta quinta-feira que alguns dos primeiros bombardeios lançados pela Rússia na Síria tiveram como alvo rebeldes opositores ao regime do presidente Bashar al Assad treinados pela CIA.

"Posso confirmar porque temos informações com pessoas que estão lá", disse McCain, presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado dos Estados Unidos, em entrevista à emissora americana "CNN".

"Os primeiros ataques russos foram contra indivíduos e grupos que foram financiados e treinados por nossa CIA", garantiu McCain.

O senador republicano, derrotado por Barack Obama nas eleições presidenciais de 2008, é um dos principais críticos da estratégia do governo por considerar que ela não é suficiente para apoiar os opositores do regime de Damasco.

Na mesma linha de McCain, o jornal "The Wall Street Journal" publicou hoje, citando como fonte funcionários americanos, que um dos primeiros bombardeiros russos na Síria atingiu uma "área usada principalmente" por rebeldes apoiados pela CIA.

Um dos comandantes do Exército Livre Sírio (ELS), de oposição a Assad, o general Ahmad Rahal, afirmou à Efe que as bombas russas acertaram posições da organização nas províncias de Hama e Idlib.

Já o secretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter, disse ontem que o primeiro ataque aéreo russo na Síria "aparentemente" ocorreu em regiões que não estão sob controle do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), reiterando as denúncias da oposição síria.

A Força Aérea da Rússia, país que apoia Assad, deu início aos ataques em território sírio ontem contra alvos do EI em Hama e Homs, de acordo com fontes oficiais russas e sírias.

No entanto, Khaled Joya, presidente da Coalizão Nacional Síria (CNFRO), também contrária ao regime, afirmou que 36 civis morreram devido aos bombardeios de Moscou.

Outro órgão que afirmou que os ataques russos tiveram como alvo posições dos rebeldes em Hama foi o Observatório Sírio de Direitos Humanos, que tem sede no Reino Unido.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, classificou hoje de "ataque informativo" as denúncias e as notícias que afirmam que os primeiros bombardeios do Kremlin na Síria provocaram mortes entre a população civil.

EFE   
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