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Oriente Médio

Sarin, o poderoso gás neurológico que os EUA afirmam que foi usado na Síria

13 jun 2013 - 21h07
(atualizado às 21h11)
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O sarin, uma das armas químicas provavelmente utilizadas pelo governo de Bashar al Assad contra os rebeldes na Síria, segundo a Casa Branca, é um poderoso gás neurotóxico descoberto na Alemanha na véspera da Segunda Guerra Mundial e utilizado no atentado contra o metrô de Tóquio em 1995.

Além da inalação, o simples contato com a pele deste gás organofosforado afeta o sistema nervoso e provoca a morte por parada cardiorrespiratória. A dose letal para um adulto é de meio miligrama. O sarin é inodoro e invisível.

Dor de cabeça violenta e dilatação das pupilas são os primeiros efeitos deste gás, que provoca convulsões e paradas respiratórias antes do coma e da morte.

O sarin é geralmente espalhado por via aérea, mas também pode envenenar a água e os alimentos, segundo o Center for Disease and Control Prevention (CDC), em Atlanta. Roupas que estiveram em contato com o gás sarin podem contaminar outras pessoas até meia hora após sua exposição, assinala o CDC.

A fabricação do sarin é complexa e exige conhecimentos avançados de química. O produto foi descoberto casualmente por químicos alemães que procuravam novos pesticidas, em 1938.

O nome sarin é resultado das iniciais destes cientistas: Schrader, Ambros, Rüdiger e Van der Linde. O gás foi utilizado durante a guerra entre Irã e Iraque nos anos 90 e pela seita Aum Verdad Suprema no atentado contra o metrô de Tóquio no dia 20 de março de 1995.

A Síria, que em 23 de julho de 2012 admitiu possuir armas químicas, teria "centenas de toneladas" de diversos agentes químicos, segundo o Centro de Estudos sobre a Não-Proliferação do Instituto Monterrey dos Estados Unidos. Além do sarin, Damasco contaria em seu arsenal com gás VX, um neurotóxico derivado do sarin ainda mais potente.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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