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Oriente Médio

Obama considera realizar ataques mais amplos no Iraque

Em uma coletiva de imprensa na manhã deste sábado, o presidente afirmou que as tropas do Estado Islâmico estão avançando muito rápido

9 ago 2014 - 12h08
(atualizado às 12h39)
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Antes de entrar de férias, o presidente americano deu uma entrevista coletiva sobre a situação do Iraque
Antes de entrar de férias, o presidente americano deu uma entrevista coletiva sobre a situação do Iraque
Foto: Mandel NGAN / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse estar disposto a considerar uma utilização mais ampla de ataques militares no Iraque para combater militantes islâmicos, mas afirmou que os líderes políticos iraquianos precisam primeiro encontrar uma maneira de trabalhar juntos.

Em uma coletiva de imprensa na manhã deste sábado, o presidente dos Estados Unidos afirmou que as tropas do Estado Islâmico estão avançando mais rápido do que serviços de inteligência esperavam. 

Barack Obama afirmou também que não há data fixada para o fim dos ataques aéreos no Iraque e que a França e Grã-Bretanha concordaram em participar dos esforços humanitários para ajudar os civis deslocados pela ofensiva jihadista do Estado Islâmico (EI).

"O presidente François Hollande e o premiê David Cameron expressaram um forte apoio às nossas ações e estão de acordo em nos ajudar na assistência humanitária que oferecemos aos iraquianos que mais sofrem", afirmou Obama.

"Não creio que vamos resolver este problema em algumas semanas", disse ainda. "Isso levará tempo".

Tropas americanas afirmam ter destruído armas do ISIS nestas primeiras horas de ataques realizados no país.

Obama autorizou, na quinta-feira, o exército norte-americano a realizar ataques direcionados aos combatentes do Estado islâmico no norte do Iraque, uma operação limitada, projetada para evitar o que chamou de um potencial “genocídio” e também para proteger os funcionários americanos que trabalham no país.

Ele disse que os EUA vão continuar a fornecer assistência e consultoria militar ao governo de Bagdá e tropas curdas, mas salientou repetidamente a importância de o Iraque formar seu próprio governo inclusivo.

Ajuda humanitária

Milhares de yazidis, uma minoria de idioma curso, fugiram de seus lares quando o grupo Estado Islâmico (EI) tirou das forças curdas o controle da cidade iraquiana de Sinjar.

"Os milhares - talvez dezenas de milhares - de homens, mulheres e crianças iraquianos que fugiram para a montanha estão morrendo de fome e sede. Os alimentos e a água jogados do ar os ajudará a sobreviver", afirmou Obama.

Aviões militares americanos jogaram contêineres com água e alimentos para os civis que fogem da violência jihadista no Iraque, segundo anunciou o Pentágono.

Acompanhados de dois caças F/A-18, três aviões cargueiros lançaram os suprimentos, dirigidos a "milhares de cidadãos iraquianos ameaçados pelo Estado Islâmico, no Monte Sinjar, no Iraque", acrescentou o Pentágono.

Juntos, os aviões de cargos - um C-17 e dois C-130 - jogaram 72 pacotes de suprimentos, que incluem 28.224 refeições embaladas individualmente, e outros 16 de água, contendo 1.522 de água fresca potável.

"Até o momento, em coordenação com o governo do Iraque, aviões militares dos Estados Unidos entregaram 36.224 refeições e 6.822 galões de água fresca potável, fornecendo a tão necessária ajuda aos iraquianos, que precisam urgentemente de assistência de emergência", completou a nota da Defesa.

Em uma entrevista longa realizada na sexta-feira pelo NYT, Obama expressou arrependimento de não fazer mais para ajudar a Líbia, pessimismo sobre as perspectivas de paz no Oriente Médio, preocupação de que a Rússia invada a Ucrânia e frustração de que a China, super potência econômica, não tenha se oferecido para ajudar.

Mas na entrevista com o colunista do Times, Thomas Friedman, Obama disse que os EUA podem eventualmente fazer mais para ajudar o Iraque a repelir o grupo militante.

As informações são da Reuters, AFP e CNN. 

Foto: Arte Terra

Fonte: Terra
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