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Oriente Médio

EI publica fotos de destruição de peças históricas na Síria

Observatório Sírio de Direitos Humanos colocou em dúvida a autenticidade das peças e deu uma versão diferente à dos radicais

3 jul 2015 - 14h26
(atualizado às 17h33)
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Fotografias, cuja autenticidade não pôde ser comprovada, mostram como os jihadistas destroem as peças a marretadas
Fotografias, cuja autenticidade não pôde ser comprovada, mostram como os jihadistas destroem as peças a marretadas
Foto: The Telegraph / Reprodução

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) publicou nesta sexta-feira (3) na internet várias fotografias da suposta destruição de seis bustos de pedra de homens e mulheres, originais da cidade monumental de Palmira, na Síria.

As fotografias, cuja autenticidade não pôde ser comprovada, mostram como os jihadistas destroem as peças a marretadas diante de uma multidão na cidade de Manbech, um dos redutos dos radicais na província de Aleppo (norte).

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Junto com as fotos, os extremistas publicaram um comunicado no qual explicam que seus militantes confiscaram esses objetos de um contrabandista, que foi interceptado em um posto de controle em Aleppo.

O suposto traficante de antiguidades foi julgado por um tribunal religioso do EI em Manbech, que ordenou que fosse castigado e que os bustos fossem destruídos.

Ontem, o diretor-geral de Antiguidades e Museus da Síria, Maamun Abdelkarim, informou por telefone que os radicais tinham destruído oito estátuas, procedentes da antiga Palmira, em Manbech.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos colocou em dúvida a autenticidade das peças e deu uma versão diferente à dos radicais.

Segundo ONG, que cita fontes locais em Manbech, os bustos foram destruídos há três dias, mas eram falsos
Segundo ONG, que cita fontes locais em Manbech, os bustos foram destruídos há três dias, mas eram falsos
Foto: The Telegraph / Reprodução

Segundo a ONG, que cita fontes locais em Manbech, os bustos foram destruídos há três dias, mas eram falsos.

O Observatório detalhou que efetivamente um homem os tinha roubado de Palmira e os levou para Manbech, cerca de 200 quilômetros ao norte, onde os jihadistas o capturaram e o castigaram.

As peças reais, de acordo com esta fonte, foram tiradas pelos próprios combatentes do EI de Palmira e foram levadas a Aleppo para mais tarde vendê-las no exterior.

Em meados de maio, o EI assumiu o controle de Palmira, cuja parte arqueológica está incluída na lista do Patrimônio da Humanidade da Unesco.

Em meados de maio, o EI assumiu o controle de Palmira, cuja parte arqueológica está incluída na lista do Patrimônio da Humanidade da Unesco.
Em meados de maio, o EI assumiu o controle de Palmira, cuja parte arqueológica está incluída na lista do Patrimônio da Humanidade da Unesco.
Foto: The Telegraph / Reprodução

Na quinta-feira, Abdelkarim revelou que os extremistas tinham destruído a estátua de um leão, do século I a.C. e que ficava na entrada do museu deste povoado.

O responsável sírio disse que, por enquanto, não existem indícios de que a área de monumentos da cidade tenha sofrido danos, apesar da destruição por parte dos jihadistas de dois santuários islâmicos que estavam fora da parte arqueológica.

Palmira foi nos séculos I e II d.C. um dos centros culturais mais importantes do mundo antigo e ponto de encontro das caravanas na Rota da Seda, que atravessavam o árido deserto do centro da Síria.

Antes do início da disputa, em março de 2011, suas ruínas eram uma das principais atrações turísticas do país e da região.

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EFE   
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