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Oriente Médio

Corpos de vítimas do avião da AirAsia chegam à Indonésia

31 dez 2014 - 14h20
(atualizado às 15h32)
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<p>Militares da Indon&eacute;sia carrega caix&otilde;es com os corpos de duas v&iacute;timas da queda do avi&atilde;o da AirAsia, em Surabaya, na Indon&eacute;sia, nesta quarta-feira</p>
Militares da Indonésia carrega caixões com os corpos de duas vítimas da queda do avião da AirAsia, em Surabaya, na Indonésia, nesta quarta-feira
Foto: Sigit Pamungkas / Reuters

Os dois primeiros corpos de vítimas do avião da AirAsia que caiu na costa da ilha de Bornéu chegaram nesta quarta-feira à cidade indonésia de Surabaya, onde familiares se reuniram para aguardar notícias de seus entes queridos.

As equipes de resgate acreditam ter encontrado o avião no fundo do mar, na área de Bornéu, depois que um sonar detectou um objeto grande e escuro debaixo das águas, perto de onde os detritos e corpos foram encontrados na superfície.

Navios e aviões têm vasculhando o mar de Java em busca do avião que operava o voo QZ8501 desde domingo, quando a aeronave perdeu contato durante o mau tempo cerca de 40 minutos após decolar de Surabaya com destino a Cingapura.

Sete corpos foram recuperados do mar, alguns totalmente vestidos, o que poderia indicar que o Airbus A320-200 estava intacto quando atingiu a água. Isso poderia sustentar a teoria de que a aeronave sofreu uma perda de sustentação aerodinâmica.

Tatang Zaenudin, uma autoridade da agência de busca e salvamento da Indonésia, disse anteriormente que um dos corpos havia sido encontrado vestindo um colete salva-vidas. Mas depois afirmou que nenhuma vítima havia sido recuperada com coletes.

"Nós encontramos um corpo às 8h20 e um colete salva-vidas às 10h32, então houve uma diferença de tempo. Esta é a informação mais recente que temos", disse ele.

Dois corpos, em caixões enfeitados com flores e marcados com os números 001 e 002, chegaram num avião da Força Aérea em Surabaya. A maioria das 162 pessoas a bordo era de indonésios. Nenhum sobrevivente foi encontrado.

Caixa-preta

Hernanto, da agência de busca e salvamento em Surabaya, disse que os agentes do resgate acreditavam que tinham encontrado o avião no fundo do mar com um sonar entre 30 e 50 metros de profundidade.

A caixa-preta com dados de voo e gravação da voz da cabine de comando ainda não foi encontrada.

Autoridades em Surabaya estavam se preparando para receber e identificar os corpos, incluindo a mobilização de 130 ambulâncias para levar as vítimas para um hospital da polícia e recolher DNA de familiares. "Estamos orando para que seja o avião de modo que a retirada seja feita rapidamente", disse Hernanto.

Vento e ondas fortes dificultaram as buscas, e com a visibilidade de menos de um quilômetro, a operação aérea foi cancelada no período da tarde.

"O clima hoje foi realmente um desafio no campo, com ondas de até 5 metros de altura, o vento chegando a 40 quilômetros por hora e chuva forte, especialmente na área das buscas", disse o chefe da agência, Fransiskus Bambang Soelistyo, a repórteres em Surabaya.

Ele acrescentou que o paradeiro do avião ainda não tinha sido confirmado e que, portanto, a busca continuaria.

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, disse que sua prioridade era recuperar os corpos.

Muitos familiares entraram em colapso quando assistiram às primeiras imagens de televisão confirmando seus receios sobre a queda do avião na terça-feira. Muitos fizeram orações em um centro de crise montado no aeroporto de Surabaya.

A bordo de voo QZ8501 estavam 155 indonésios, três sul-coreanos e uma pessoa cada de Cingapura, Malásia e Grã-Bretanha. O copiloto era francês.

Três desastres aéreos envolvendo companhias afiliadas à Malásia em menos de um ano abalaram a confiança na indústria de aviação do país e assustaram viajantes de toda a região.

O voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu no início de março em uma viagem de Kuala Lumpur a Pequim com 239 passageiros e tripulantes a bordo e não foi encontrado. Em 17 de julho, o voo MH17 da mesma companhia foi derrubado sobre a Ucrânia, matando todas as 298 pessoas a bordo.

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