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Oriente Médio

Assad diz que guerra é única maneira de acabar com o "terrorismo"

5 ago 2013 - 10h28
(atualizado às 10h44)
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O presidente sírio, Bashar al-Assad, disse que acabar com "terroristas" deve ter prioridade sobre qualquer solução política para a crise em seu país, diminuindo a expectativa para uma conferência internacional de paz prevista para ocorrer em breve.

Falando em Damasco, Assad elogiou os recentes ganhos obtidos por suas forças militares em todo o país e disse que a Síria pode acabar com a insurgência "dentro de meses", se as pessoas lutarem com o Exército através de uma "guerra popular". "Como podemos colocar um fim a esta batalha e virar a mesa sobre os outros e restaurar a segurança e estabilidade? É através desta forma (guerra popular), a união entre o Exército e as pessoas, que termina o terrorismo".

Assad tem enfrentado há mais de dois anos uma revolta contra seu governo, num conflito que se transformou em uma guerra civil. Após verem a derrota de perto, suas forças - apoiadas por militantes do Hezbollah libanês - empurraram os rebeldes para fora da capital e avançaram na província central de Homs e em outras áreas.

Estados Unidos, Rússia e ONU ainda trabalham para convocar uma reunião em Genebra entre representantes do governo sírio e grupos de oposição para mediar um acordo de paz. A Rússia é aliada e fornecedora de armas de Assad, e, junto com a China, tem bloqueado várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU propostas pelos Estados Unidos e potências europeias para impor sanções contra o líder sírio.

Diplomatas dizem ser cada vez mais improvável que tal conferência aconteça em breve, se um dia vier a ocorrer de fato. "O terrorismo e a política são completamente opostos", disse Assad, cujo governo refere-se a todos os grupos rebeldes e a muitas figuras da oposição como "terroristas".

"Não pode haver ação política e progresso no campo político enquanto o terrorismo atinge todos os lugares", disse Assad a líderes religiosos, empresariais e da comunidade artística síria, na noite de domingo, em um "iftar", a refeição para encerrar o jejum durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã. "Nenhuma solução pode ser alcançada com o terror, exceto golpeá-lo com punho de ferro", acrescentou Assad, em declarações reproduzidas nesta segunda-feira pela agência de notícias estatal Sana.

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