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Novos casos de HIV aumentam no leste da Europa e diminuem no oeste

28 nov 2018 - 12h04
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Mais de 130 mil pessoas foram diagnosticadas com HIV no ano passado no Leste Europeu, a maior taxa da região em todos os tempos, enquanto o número de casos novos na Europa Ocidental diminuiu, disseram especialistas globais em saúde pública nesta quarta-feira.

Zsuzsanna Jakab, ao centro, durante entrevista coletiva em Estocolmo
28/04/2009
REUTERS/Bob Strong
Zsuzsanna Jakab, ao centro, durante entrevista coletiva em Estocolmo 28/04/2009 REUTERS/Bob Strong
Foto: Reuters

Países da União Europeia e da Área Econômica Europeia testemunharam uma redução em relação às taxas de 2017, causada sobretudo por um recuo de 20 por cento entre homens homossexuais desde 2015 --cifra que deixou a tendência geral de aumento da Europa menos acentuada do que antes.

    No todo, quase 160 mil pessoas foram diagnosticadas na Europa com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), que causa Aids, de acordo com dados do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) e do escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa.

    "É difícil falar em boas notícias diante de mais um ano de números inaceitavelmente altos de pessoas infectadas com HIV", disse Zsuzsanna Jakab, diretora do escritório regional da OMS. Ela exortou governos e autoridades de saúde a reconhecerem a seriedade da situação, dizendo: "Intensifiquem sua reação agora."

    Em julho a Unaids, agência da Organização das Nações Unidas (ONU) de combate à Aids, alertou que a complacência está começando a travar a luta contra a epidemia global, já que o ritmo do avanço está aquém do necessário. Cerca de 37 milhões de pessoas de todo o mundo estão infectadas com HIV.

    A Região Europeia da OMS é composta de 53 países com uma população combinada de quase 900 milhões de pessoas. Cerca de 508 milhões destas moram nos 28 países-membros da UE, mais Islândia, Liechtenstein e Noruega.

    O relatório conjunto disse que uma razão da persistência do HIV na Europa é que muitas pessoas infectadas com o vírus são diagnosticadas tarde, o que significa que é mais provável que já o tenham transmitido e que estão em um estágio avançado de infecção.

    O estudo ainda mostrou que, na região europeia, os homens sofrem de HIV de forma desproporcional, representando 70 por cento dos casos novos de HIV diagnosticados em 2017.

    Desde o início da epidemia de Aids, nos anos 1980, mais de 77 milhões de pessoas de todo o mundo contraíram o HIV, e quase metade delas, 35,4 milhões, morreu de Aids.

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