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Mulheres serão mais prejudicadas por desastres naturais, diz autora de "O Conto da Aia"

1 jun 2018 - 17h07
(atualizado às 18h55)
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Por Lin Taylor

Escritora de romances distópicos Margaret Atwood
23/05/2018
REUTERS/Lucas Jackson
Escritora de romances distópicos Margaret Atwood 23/05/2018 REUTERS/Lucas Jackson
Foto: Reuters

LONDRES (Thomson Reuters Foundation) - As mulheres sofrerão mais com a devastação da mudança climática, uma vez que o caos desencadeado por desastres e escassez de alimentos as torna vulneráveis a estupros e outras violências, disse a escritora de romances distópicos Margaret Atwood nesta sexta-feira.

Algumas mulheres e meninas são forçadas a vender seu corpo para sobreviver e outras são estupradas em tempos de conflito e catástrofes, cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas, disse a escritora canadense de 78 anos em evento em Londres.

"Claro, esses tipos de eventos dão origem a instabilidade civil, guerras, guerras por recursos, batalhas por água", disse a autora do livro de 1985 "O Conto da Aia".

"Mulheres nessas situações irão sofrer desproporcionalmente, e seus filhos", disse.

O popular livro de Margaret Atwood imagina um futuro totalitário em que mulheres férteis são forçadas à servitude sexual para repopular um mundo que enfrenta um desastre ambiental.

"O Conto da Aia" voltou às listas de livros mais vendidos depois de ter sido adaptado em uma premiada série.

Pesquisas indicam que as vulnerabilidades das mulheres são expostas durante o caos provocado por ciclones, terremotos e enchentes, de acordo com o grupo britânico Overseas Development Institute.

"Se não há nenhuma proteção civil e você não tem nenhum dinheiro, qual é a única coisa que é comercializada, sempre? Em condições de guerra, o estupro é utilizado como tática militar", disse Margaret Atwood durante a conferência sobre mulheres e mudanças climáticas organizada pelo grupo Invisible Dust.

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