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Ministro italiano diz que genes masculinos não aceitam igualdade

Declaração de Carlo Nordio foi criticada pela oposição

21 nov 2025 - 14h01
(atualizado às 14h54)
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O ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio, afirmou nesta sexta-feira (21), durante uma conferência internacional sobre feminicídios, que o código genético masculino não aceita a paridade de gênero.

Declaração de Carlo Nordio foi criticada pela oposição
Declaração de Carlo Nordio foi criticada pela oposição
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Em sua participação no evento, que também tratou da violência de gênero, o político italiano mencionou uma "sedimentação [na mentalidade do homem] que é difícil de remover porque se formou ao longo de milênios de opressão e superioridade".

"Portanto, mesmo que hoje os homens aceitem, e devam aceitar, essa igualdade formal e substancial absoluta com as mulheres, em seu subconsciente, seu código genético sempre encontra certa resistência", analisou Nordio.

A ministra da Família, da Natalidade e da Igualdade de Oportunidades da Itália, Eugenia Roccella, também chamou atenção na conferência ao mencionar que a educação sexual não leva a uma queda nos feminicídios.

"Podemos falar sobre educação sexual e emocional, mas apenas de forma indireta. Se observarmos países onde isso já é uma realidade há muitos anos, como a Suécia, veremos que não há correlação com uma diminuição nos feminicídios", declarou.

A oposição questionou os comentários de Nordio e Roccella. A líder da bancada do partido Itália Viva (IV) na Câmara dos Deputados, Maria Elena Boschi, avaliou que os posicionamentos dos ministros foram "vergonhosos".

"Nordio, que se refere à violência contra as mulheres como uma 'mácula' masculina, e Roccella, que afirma que a educação é inútil no combate ao feminicídio, estão insultando todas as mulheres que exigem respeito e igualdade de oportunidades todos os dias", afirmou.

A senadora Sabrina Licheri, do Movimento 5 Estrelas (M5S), também criticou as falas, classificando-as como "abomináveis e ultrapassadas".

Segundo um relatório divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat), 6,4 milhões de cidadãs (31,9%) entre 16 e 75 anos sofreram pelo menos um episódio de violência física ou sexual ao longo da vida.

Ansa - Brasil
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