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México passa de 35 mil mortes por coronavírus e se torna 4º do mundo com mais óbitos

13 jul 2020 - 12h30
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As mortes causadas pela pandemia de coronavírus no México passaram de 35 mil no domingo, e o país agora tem o quarto maior número de óbitos em decorrência da Covid-19 do mundo, superando a Itália, de acordo com contagem da Reuters.

Mercado popular na cidade mexicana de Tijuana durante a pandemia de coronavírus
04/07/2020
REUTERS/Jorge Duenes
Mercado popular na cidade mexicana de Tijuana durante a pandemia de coronavírus 04/07/2020 REUTERS/Jorge Duenes
Foto: Reuters

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse no domingo que a pandemia está "perdendo intensidade" no México, e culpou o que classifica como "mídia conservadora" por causar alarme.

No mesmo dia, a nação registrou outras 276 mortes e 4.482 infecções novas, o que elevou o número de óbitos do coronavírus a 35.006 e os casos confirmados a 299.750. A Itália acumula 34.954 mortes e 243.061 casos. O México fica atrás de Estados Unidos, Brasil e Reino Unido no total de mortes.

Enquanto a Itália parece ter domado o vírus, a pandemia dá poucos sinais de estar cedendo no México, e o governo de esquerda de López Obrador foi criticado por reabrir a economia cedo demais.

López Obrador disse que foi atualizado a respeito da pandemia na semana passada e que está otimista.

"O relatório é positivo, bom. A conclusão é que a pandemia está recuando, que está perdendo intensidade", disse ele em uma mensagem de vídeo.

López Obrador também apoiou Hugo López-Gatell, o vice-ministro da Saúde e responsável pelo combate ao coronavírus, depois das críticas que este recebeu pelo manejo da crise.

López-Gatell revisou várias vezes suas projeções sobre o total de mortes, e em junho previu até 35 mil mortes até outubro -- no início de maio, a estimativa era de 6 mil.

A quantidade de óbitos de coronavírus por milhão de habitantes do México, cuja população é de cerca de 120 milhões, é a 16ª mais alta do planeta, de acordo com dados da empresa de pesquisas Statista.

Mas autoridades mexicanas dizem que a cifra verdadeira provavelmente é muito maior devido aos exames limitados. Uma análise feita pela Reuters com base em dados de funerárias em maio indicou um número mais do que duas vezes superior ao informado.

Várias ex-autoridades criticaram o governo López Obrador devido à maneira como este lida com a epidemia.

O ex-ministro da Saúde Salomon Chertorivski, que ocupou o cargo entre 2011 e 2012, disse na quinta-feira que o governo reativou a economia antes de cumprir critérios estabelecidos globalmente para fazê-lo, e acrescentou que o México pode ter que impor um novo isolamento.

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