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Mensagem de míssil da Coreia do Norte sobre Japão foi recebida em "alto e bom som", diz Trump

29 ago 2017 - 21h00
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou nesta terça-feira que todas as opções estão na mesa para os EUA responderem ao lançamento de um míssil balístico da Coreia do Norte ao mar sobre a ilha japonesa de Hokkaido em uma nova exibição de força.

Presidente dos EUA, Donald Trump, durante entrevista coletiva na Casa Branca
28/08/2017 REUTERS/Kevin Lamarque
Presidente dos EUA, Donald Trump, durante entrevista coletiva na Casa Branca 28/08/2017 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

O teste de míssil aumentou ainda mais as tensões no leste da Ásia, à medida que forças norte-americanas e sul-coreanas realizavam exercícios militares na península coreana, irritando Pyongyang, que enxerga jogos de guerra como uma preparação para invasão.

A Coreia do Norte realizou dezenas de testes de mísseis balísticos sob comando de seu líder, Kim Jong Un, em desafio às sanções da Organização das Nações Unidas, mas disparo de projéteis sobre solo japonês é raro.

Trump, que prometeu não deixar a Coreia do Norte desenvolver mísseis nucleares capazes de atingir solo norte-americano, disse que o mundo recebeu em "alto e bom som" a mensagem mais recente da Coreia do Norte.

"Ações ameaçadoras e desestabilizadoras só aumentam o isolamento do regime norte-coreano na região e entre todas as nações do mundo. Todas as opções estão na mesa", disse Trump em comunicado.

Trump e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, conversaram e concordaram que a Coreia do Norte "apresenta uma grave e crescente ameaça direta" aos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, informou a Casa Branca.

Investidores optaram por ativos seguros após o disparo do míssil.

O dólar caiu para seu mínimo em mais de 2 anos e meio contra uma série de grandes moedas, mas depois se recuperou, enquanto títulos de referência de 10 anos do Tesouro dos EUA caíram e o preço do ouro atingiu um ápice de mais de nove meses. Ações norte-americanas se recuperaram de uma abertura acentuadamente menor.

ALCANCE INTERMEDIÁRIO

Avaliações iniciais indicam que o míssil norte-coreano era um míssil balístico de alcance intermediário, informou o Pentágono em comunicado. Duas autoridades norte-americanas disseram aparentar ter sido um KN-17, ou Hwasong-12.

O líder norte-coreano Kim comandou o lançamento de seu míssil de alcance intermediário Hwasong-12 na segunda-feira, terça-feira no horário local, em um treino para conter os exercícios conjuntos de forças sul-coreanas e norte-americanas, relatou nesta terça-feira a agência de notícias oficial da Coreia do Norte, KCNA.

"O atual exercício de lançamento de foguete balístico como uma guerra real é o primeiro passo da operação militar do Exército Popular da Coreia no Pacífico e um prelúdio significativo para conter Guam", disse Kim, segundo a KCNA.

O porta-voz do Pentágono, o coronel Robert Manning, disse que diplomacia ainda é a opção de preferência de Washington para Pyongyang.

A Coreia do Norte expressou desafio.

"Os EUA deveriam saber que não podem intimidar a RDPC com quaisquer sanções econômicas e ameaças militares e chantagens ou fazer a RDPC recuar do caminho escolhido por si mesma", disse a autoridade da Coreia do Norte Rodong Sinmun, usando as iniciais do nome oficial do país, República Democrática Popular da Coreia.

A Coreia do Norte promete não abandonar seu programa de armas, dizendo ser necessário para conter hostilidade dos EUA e seus aliados.

Os EUA disseram antes que todas as opções, incluindo militares, estão na mesa, embora tenha preferência por uma solução diplomática.

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