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Médico antivacina é preso na Itália após morte de idoso com Covid

28 mar 2022 - 19h25
(atualizado às 20h22)
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O Ministério Público de Turim abriu nesta segunda-feira (28) uma investigação sobre o caso de um idoso italiano de 70 anos que morreu após obter um certificado irregular de isenção da vacina anti-Covid.

O caso é um desdobramento do inquérito que levou à prisão do médico antivacina Giuseppe Delicati, de 61 anos, suspeito de receber centenas de pacientes em seu consultório, em Borgaro Torinese, para isentá-los da obrigatoriedade da imunização.

Segundo as autoridades italianas, o idoso, que conseguiu sua isenção, morreu no dia 12 de janeiro após contrair Covid-19. A vítima teria seguido o conselho do médico sobre como se tratar, mas a doença foi fatal.

O procurador Gianfranco Colace ordenou a autópsia para esclarecer se existe correlação entre a evolução da Covid e as indicações divulgadas por Delicati. Agora, os investigadores estão aguardando o resultado dos exames médicos legais como parte da apuração.

Delicati, que comparecerá amanhã perante ao juiz do tribunal de Turim, foi detido por falsa ideologia em atos públicos e homicídio culposo.

A operação investiga ainda cerca de 70 suspeitos de falsificação. O grupo teria obtido certificados de isenção da vacina contra o novo coronavírus para contornar a obrigatoriedade e continuar a trabalhar.

De acordo com a apuração, os suspeitos são em sua maioria funcionários públicos do setor escolar e da saúde, além de membros da polícia.

A investigação foi iniciada em outubro de 2020 quando o médico foi denunciado à Ordem de Macerata por um vídeo publicado nas redes sociais em que negava a pandemia e atacava a eficácia das vacinas.

Ansa - Brasil   
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