Mais de 365 pessoas são presas em protesto pró-Palestina em Londres
Desde julho, governo britânico considera a organização como terrorista. Entre os manifestantes presos estão idosos
Mais de 365 manifestantes pró-Palestina foram presos em Londres durante um protesto contra a classificação do grupo Palestine Action como terrorista pelo governo britânico, destacando a tensão sobre o apoio do Reino Unido a Israel.
A Polícia Metropolitana de Londres, na Inglaterra, prendeu mais de 365 manifestantes neste sábado, 9, durante o maior ato do grupo Palestine Action, desde que a organização foi considerada “terrorista” pelo governo britânico, em julho deste ano. As informações são do jornal The Guardian.
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O protesto foi convocado pelo movimento Defend Our Juries e reuniu centenas de pessoas na Praça do Parlamento, no centro da capital, onde manifestantes empunhavam cartazes pró-Palestina, em oposição ao governo do Reino Unido, no conflito entre Israel e Gaza.
Entre os mais de 365 presos estavam idosos, que foram levados de forma pacífica pela polícia, sem oferecer resistência.
O Palestine Action é um grupo de ativistas que organiza ações contra empresas britânicas envolvidas com Israel, principalmente desde o início do conflito em Gaza.
O grupo ganhou notoriedade após invadir e vandalizar instalações militares no Reino Unido, como bases da Força Aérea, para chamar atenção para o apoio militar entre os dois países.
O Palestine Action justifica suas ações afirmando que o Reino Unido é cúmplice e participante ativo nos crimes de guerra em Gaza e que fornece apoio logístico e militar para Israel.
Por ordem do governo britânico, filiar-se ao grupo ou apoiá-lo é crime, passível de pena de até 14 anos de prisão. Segundo o Ministério do Interior afirmou à época da proibição, a medida “não é sobre a Palestina” e não restringe manifestações em defesa dos direitos palestinos.
Neste sábado, um porta-voz do Defend Our Juries afirmou que o ato teve presença “sem precedentes” de pessoas, que correram risco de serem presas, demonstrando o quanto as pessoas estão “enojadas e envergonhadas” com a “contínua cumplicidade do nosso governo em um genocídio transmitido ao vivo”, disse a respeito do governo britânico.