PUBLICIDADE

Mundo

Líderes europeus celebram volta dos EUA ao Acordo de Paris

Medida foi um dos primeiros atos de Joe Biden como presidente

21 jan 2021 - 11h24
(atualizado às 11h45)
Compartilhar
Exibir comentários

Líderes europeus comemoraram nesta quinta-feira (21) o retorno dos Estados Unidos ao Acordo de Paris sobre o clima, um dos primeiros atos do governo de Joe Biden.

Joe Biden assina ordens executivas em suas primeiras horas de governo
Joe Biden assina ordens executivas em suas primeiras horas de governo
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A ordem executiva que devolve a maior economia do planeta ao tratado climático foi assinada pelo presidente na noite da última quarta-feira (20), revertendo a decisão tomada por Donald Trump em junho de 2017.

"O presidente dos EUA, Joe Biden, juntar-se novamente ao Acordo de Paris é uma notícia fantástica. Como presidente do G20 e copresidente da COP26, a Itália espera trabalhar com os EUA para construir um planeta sustentável e assegurar um futuro melhor para as próximas gerações", disse o premiê italiano, Giuseppe Conte, no Twitter.

Já o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, e o vice-presidente do poder Executivo do bloco, Franz Timmermans, publicaram um comunicado conjunto no qual elogiam a decisão de Biden.

"Não vemos a hora de ter os EUA novamente ao nosso lado para guiar os esforços globais contra a crise climática, um desafio que somente pode ser enfrentado unindo todas as nossas forças", diz a nota.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou em uma coletiva de imprensa em Berlim que os decretos firmados por Biden em suas primeiras horas de governo mostram que é possível "trabalhar juntos de novo", especialmente em questões como clima e migrações.

Agenda ambiental

Durante a campanha e o período de transição, Biden prometeu colocar os Estados Unidos na liderança do combate à crise climática no planeta e investir bilhões de dólares em geração de energia limpa.

Em uma conferência online organizada pela Confederação das Indústrias Italianas (Confindustria), o enviado especial de Biden para o clima, John Kerry, ressaltou nesta quinta que "não há tempo a perder".

"Teremos uma oportunidade em Glasgow [sede da COP26], uma das últimas para reforçar o corte de emissões", disse ele, acrescentando que o "fracasso" não é uma opção e que os EUA "desperdiçaram" quatro anos na luta contra o aquecimento global.

A COP26 está marcada para 1º a 12 de novembro de 2021 e deve se concentrar na regulação global do mercado de créditos de carbono, após o fracasso das negociações na COP25, em Madri, na Espanha.

Esse modelo de negócios permite que países que superem suas metas de redução de emissões de gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), vendam o crédito excedente para nações mais poluentes.

O mecanismo é criticado por ambientalistas, que temem que os créditos de carbono se tornem uma espécie de carta branca para países poluentes não reduzirem suas emissões.

Ansa - Brasil   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade