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Khamenei diz que EUA e Israel travam guerra midiática para desestimular iranianos

6 set 2018 - 11h37
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O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, acusou os Estados Unidos e Israel de travarem uma guerra midiática para desestimular os iranianos, noticiou a televisão estatal nesta quinta-feira, no momento em que o país enfrenta dificuldades econômicas decorrentes da imposição de sanções norte-americanas.

Líder supremo do irã, Ali Khamenei, em Teerã 13/08/2018 Site oficial de Khamenei/Divulgação via Reuters
Líder supremo do irã, Ali Khamenei, em Teerã 13/08/2018 Site oficial de Khamenei/Divulgação via Reuters
Foto: Reuters

A moeda iraniana, o rial, perdeu cerca de dois terços de seu valor neste ano devido à ameaça das sanções, renovadas pelo presidente Donald Trump depois de retirar Washington de um acordo nuclear de 2015 entre Teerã e potências mundiais.

O custo de vida também disparou, provocando manifestações esporádicas contra o lucro e a corrupção durante as quais muitos manifestantes bradaram frases antigoverno.

"O objetivo desta guerra midiática é criar angústia... e pessimismo entre as pessoas a respeito uma das outras e das autoridades, e exagerar os problemas econômicos na mente do público", disse Khamenei, segundo a emissora.

"Com base em nossa inteligência, agências de espionagem dos EUA e dos sionitas (Israel), financiadas pelos superricos de nossa região, montaram uma organização para esta guerra midiática e estão planejando e tentando seriamente infectar o espaço publicitário e as mentes de nossa comunidade", afirmou Khamenei.

A Arábia Saudita, principal rival regional do Irã, e os Emirados Árabes Unidos apoiaram a decisão de Trump de retomar sanções contra Teerã, refletindo a preocupação dos abastados exportadores de petróleo com o programa de mísseis balísticos do Irã e seu apoio a grupos militantes.

Na quarta-feira Trump disse estar aberto à possibilidade de conversas entre Washington e Teerã, mas acrescentou: "O Irã está em caos neste momento. Estão no caos total"

"Agora eles estão preocupados simplesmente com sua própria sobrevivência como país", disse ele aos repórteres, sem apresentar nenhuma prova.

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