Juiz nega pedido da Casa Branca para proibir livro de Bolton
Volume revela que Trump queria ajuda da China para se reeleger
Um juiz de Washington rejeitou neste sábado (20) um pedido da Casa Branca para impedir a publicação de um livro em que o ex-conselheiro de Segurança Nacional John Bolton faz revelações sobre o presidente Donald Trump.
O governo americano havia tentado bloquear o lançamento do volume "The room where it happened: A White House memoir" ("A sala onde tudo aconteceu: Memórias da Casa Branca", em tradução livre) alegando que a obra contém informações de inteligência confidenciais.
O pedido, no entanto, foi negado pelo juiz Royce Lamberth. O magistrado disse que a conduta de Bolton levantou "graves preocupações para a segurança nacional", mas ressaltou que a proibição ao livro não é um "remédio apropriado".
O volume será lançado na próxima terça-feira (23) e traz revelações sobre o período em que Bolton foi conselheiro para Segurança Nacional, até ser demitido por Trump, em setembro de 2019.
Tido como o grande "falcão" da política externa americana, Bolton diz no livro que o presidente pediu para a China aumentar as importações de produtos americanos para ajudar em sua reeleição e que o mandatário tem a "obstrução de Justiça como um meio de vida".
Além disso, o ex-conselheiro revela gafes de Trump, como não saber que o Reino Unido é uma potência nuclear ou perguntar se a Finlândia faz parte da Rússia.