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Jordânia começa ofensiva diplomática antes de movimento de Trump sobre Jerusalém

3 dez 2017 - 16h57
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A Jordânia começou consultas sobre a convocação de uma reunião de emergência da Liga Arábe e a Organização de Cooperação Islâmica (OIC) antes de um movimento esperado para esta semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, disse uma fonte da Jordânia.

Uma autoridade do governo dos EUA disse na sexta-feira que Trump provavelmente faria um discurso controverso na quarta-feira. Reconhecer Jerusalém iria revogar décadas de uma política norte-americana e possivelmente inflamar tensões no Oriente Médio.

A Jordânia, atual presidente da cúpula Árabe, convidará membros das duas organizações para uma reunião para "discutir maneiras de lidar com as consequências de tal decisão que causou alarme e preocupação", disse a fonte diplomática jordaniana à Reuters.   

"Isso pode prejudicar todos os esforços para o andamento do processo de paz e tem um alto risco de provocar os países árabes e islâmicos e comunidades muçulmanas no Ocidente", disse a fonte diplomática, que pediu para não ser identificada.

A dinastia Hachemita do rei Abdullah é a guardiã dos locais sagrados muçulmanos em Jerusalém, tornando Amã sensível a qualquer mudança de status na disputada cidade.

As palavras do planejado anúncio de Trump, que se desviaria dos presidentes dos EUA anteriores que insistiam que o status de Jerusalém deveria ser decidido em negociações, atraíram críticas da Autoridade Palestina e com certeza enfureceram o mundo árabe.

Os palestinos querem Jerusalém Oriental como a capital do seu futuro Estado, e a comunidade internacional não reconhece a reivindicação de Israel sobre toda a cidade, que abriga locais sagrados para as religiões judaica, muçulmana e cristã.

A Jordânia perdeu Jerusalém Oriental e a Cisjordânia para Israel durante a guerra árabe-israelense de 1967 e diz que o destino da cidade só deve ser decidido no final de um acordo final.

"É essencial que não sejam tomadas decisões unilaterais que alterem o status quo histórico de Jerusalém como uma cidade ocupada cujo destino precisa ser determinado em negociações finais sobre seu status dentro de um pacote global de paz", acrescentou a fonte diplomática jordaniana.

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