Israel apresenta relatório de medidas em Gaza à Corte Internacional de Justiça, diz autoridade israelense
Israel apresentou nesta segunda-feira um relatório à Corte Internacional de Justiça sobre medidas tomadas para cumprir decisão provisória determinando que o país evitae ações de guerra em Gaza que possam equivaler a genocídio, disse uma autoridade israelense.
A autoridade não forneceu detalhes sobre o conteúdo do relatório, entregue horas antes do prazo limite de apresentação.
A principal corte da ONU ordenou, no mês passado, que Israel se abstivesse de qualquer ato que pudesse ser enquadrado na Convenção de Genocídio e garantisse que suas tropas não cometessem atos genocidas contra palestinos. A decisão ocorreu no âmbito de um processo aberto após a África do Sul acusar Israel de genocídio liderado pelo Estado. Israel e seus aliados ocidentais afirmam que a alegação não tem fundamento.
Na determinação, o tribunal decidiu especificamente que Israel precisava prevenir e punir qualquer incitação pública a um genocídio contra palestinos em Gaza e preservar evidências relacionadas às alegações de genocídio naquele local. Também disse que o país precisava adotar medidas para melhorar a situação humanitária dos civis palestinos no enclave sitiado.
Uma decisão final sobre o caso em Haia pode levar anos.
A mais recente guerra em Gaza foi desencadeada por um ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro no sul de Israel, que contabiliza 1.200 mortos e 253 reféns sequestrados.
Nos quatro meses desde então, autoridades palestinas dizem que Israel matou quase 30.000 pessoas em Gaza, deslocou a maioria da sua população de 2,3 milhões de pessoas, provocou fome e doenças generalizadas e devastou grande parte do território.