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Homem que serviu como reservista dos EUA é acusado de ser agente da China

26 set 2018 - 10h50
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Um cidadão chinês foi preso em Chicago na terça-feira sob acusação de ter trabalhado em segredo para uma autoridade chinesa de alto escalão para tentar recrutar engenheiros e cientistas, inclusive alguns prestadores de serviços do setor de Defesa dos Estados Unidos, informou o Departamento de Justiça norte-americano.

Bandeiras dos EUA e da China em Washington por ocasião de visita de presidente chinês 18/01/2011 REUTERS/Hyungwon Kang
Bandeiras dos EUA e da China em Washington por ocasião de visita de presidente chinês 18/01/2011 REUTERS/Hyungwon Kang
Foto: Reuters

Ji Chaoqun, de 27 anos, foi aos EUA pela primeira vez em 2013 para estudar engenharia elétrica no Instituto de Tecnologia de Illinois, e em 2016 se alistou no Corpo de Oficiais da Reserva do Exército.

Ele compareceu a um tribunal federal de Chicago devido à acusação de atuar como agente do governo da China. Não foi possível contatar de imediato Laura Hoey, que representa Ji no caso, para obter comentários.

Falando em Pequim nesta quarta-feira, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês Geng Shuang disse "não ter conhecimento" da situação, sem dar detalhes.

De acordo com a denúncia criminal, Ji partiu de Pequim rumo aos EUA em agosto de 2013 com um visto de estudante e obteve um mestrado em engenharia elétrica em 2015. Mensagens de texto analisadas pelo FBI mostraram que em novembro de 2013 Ji foi apresentado a uma autoridade de inteligência do Ministério da Segurança Estatal da Província de Jiangsu, mencionada na denúncia como "Autoridade de Inteligência A", por outra pessoas só identificada como "Autoridade de Inteligência B".

Mais tarde eles se encontraram em várias ocasiões na China, e inicialmente a autoridade de inteligência disse a Ji que era professor universitário, segundo a denúncia e o depoimento juramentado apresentados pelo FBI.

Mas, segundo a Polícia Federal dos EUA, Ji acabou conhecendo a verdadeira identidade da pessoa e soube que era uma autoridade do Ministério da Segurança Estatal da Província de Jiangsu, um departamento provincial do Ministério da Segurança Estatal.

Mais tarde, já em 2015, um mandado de busca em uma conta de email mostraram que Ji havia enviado arquivos à Autoridade de Inteligência A com informações sobre oito pessoas residentes nos EUA, todas elas cidadãs naturalizadas de Taiwan ou da China.

O Departamento de Justiça disse que todas elas trabalham ou se aposentaram em postos nos setores de ciência e tecnologia e que sete trabalham ou trabalharam para prestadores de serviços para a Defesa dos EUA.

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