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Homem é linchado em vilarejo no Paquistão por acusação de blasfêmia, diz polícia

13 fev 2022 - 14h25
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Uma multidão linchou um homem porque ele teria queimado páginas do Alcorão, livro sagrado do Islã, na região central do Paquistão, e dúzias de pessoas foram presas, afirmaram a polícia e autoridades neste domingo.

O primeiro-ministro Imran Khan ordenou medidas contra a multidão e qualquer policial que tenha sido espectador do assassinato.

"Lidaremos com o linchamento com toda a severidade da lei. Temos tolerância zero com qualquer um que faz justiça com as próprias mãos", disse, em comunicado.

Um porta-voz do governo afirmou que mais de 60 pessoas suspeitas de terem se envolvido com o linchamento foram presas, acrescentando que mais suspeitos estavam sendo identificados por meio de vídeos nas redes sociais filmados pelos moradores de Tulamba, no distrito de Khanewal.

A multidão se reuniu em uma mesquita na noite de sábado, após o filho do seu líder de orações anunciar que havia visto o homem queimando as páginas do livro sagrado, disse o policial Munawar Hussain à Reuters.

A polícia encontrou o homem inconsciente e amarrado a uma árvore, disse Hussain, acrescentando que a multidão também atacou a polícia.

"Os moradores armados com bastões, machados e barras de ferro o mataram e penduraram seu corpo em uma árvore", disse Hussain.

Ele disse que as evidências reunidas até agora pela polícia sugerem que o homem morto, identificado como Muhammad Mushtaq, estava na casa dos 50 anos e parecia ter deficiências mentais.

(Escrita por Asif Shahzad; edição de Frances Kerry)

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