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Mundo

Guaidó lidera marcha rumo a quartéis na Venezuela

Opositor quer pressionar as Forças Armadas a abandonarem Maduro

4 mai 2019 - 15h08
(atualizado às 15h32)
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O autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, promove neste sábado (4) uma marcha da oposição em direção a quartéis, de forma a pressionar as Forças Armadas a romperem com o regime de Nicolás Maduro.

Marcha contra Nicolás Maduro em Caracas
Marcha contra Nicolás Maduro em Caracas
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Os principais alvos da passeata são os edifícios do Comando da Marinha, do Comando da Guarda Nacional Bolivariana e quartéis no bairro de Coche e no quilômetro 12 da estrada El Junquito, em Caracas.

Guaidó quer manter viva a chama da oposição quatro dias depois de ter tentado insuflar um levante militar contra o governo. O autoproclamado presidente conseguiu apoio para tirar da prisão domiciliar o líder opositor Leopoldo López, que se refugiou na Embaixada da Espanha em Caracas, mas não obteve adesão do alto escalão das Forças Armadas.

"Hoje nos mobilizamos de forma cívica e pacífica nos pontos de concentração e nas unidades militares mais próximas em todo o território nacional. O objetivo é levar nossa mensagem sem cair em confrontos nem provocações", escreveu Guaidó no Twitter.

Maduro, por sua vez, discursou para cadetes em um centro de treinamento militar e acusou os Estados Unidos de "guiarem uma conspiração" para "enfraquecer a Força Armada Nacional Bolivariana".

"Há um império que tirou a poeira da Doutrina Monroe e desenvolve uma guerra não convencional, uma conspiração com muito dinheiro para debilitar, dividir e destruir a Fanb a partir de dentro, com um grupo de traidores", disse.

Maduro também pediu para os militares estarem "prontos a defender a pátria com armas em mãos". Além disso, a Procuradoria-Geral da Venezuela solicitou a prisão de 18 civis e militares por "sublevação" contra o presidente.

A oposição considera ilegítimas as eleições do ano passado e trata Maduro como "usurpador" desde janeiro, quando teve início seu segundo mandato.

Ansa - Brasil   
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