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Família confirma morte de DJ alemã sequestrada pelo Hamas

Shani Louk apareceu deitada na caçamba de uma caminhonete, cercada por membros do Hamas durante primeiro ataque

30 out 2023 - 09h06
(atualizado às 12h31)
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DJ alemã Shani Louk teve a morte confirmada por familiares após ser raptada pelo Hamas
DJ alemã Shani Louk teve a morte confirmada por familiares após ser raptada pelo Hamas
Foto: Reprodução

Familiares da artista Shani Louk, alemã-israelense de 22 anos que foi sequestrada pelo Hamas, confirmaram a morte da jovem. Ela apareceu em um vídeo deitada seminua na caçamba de um veículo com extremistas do Hamas, no dia 7 de outubro. 

Ela foi vista pela última vez sendo levada após o ataque a um festival de música eletrônica que acontecia próximo ao Kibutz Reim. Por três semanas, a família tentava ajuda do governo alemão para resgatar Shani, sem sucesso.

A mãe e a irmã de Shani, Ricarda e Adi Louk, informaram à emissora RTL/ntv sobre a morte da jovem. “Infelizmente, recebemos ontem a notícia de que minha filha não está mais viva”, relatou Ricarda.

“Anuncio com grande tristeza a morte de minha irmã”, destacou Adi, sem detalhar as circunstâncias em que o falecimento foi confirmado nem o paradeiro do corpo de Shani.

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Família cobrou governo

Em entrevista ao programa alemão ZDF Heute, a tia de Shani, Orly Louk, e o seu tio Wilfried Gehr criticaram o governo de Berlim por supostamente ignorar os contatos de parentes da jovem de 22 anos. Eles disseram estar “decepcionados porque o governo federal não se sente responsável”.

Apesar de ter passaporte alemão, Shani cresceu em Israel. A artista foi uma das centenas de pessoas feridas por extremistas do Hamas durante o festival de música próximo à Faixa de Gaza. 

Dias após o sumiço da filha, Ricarda Louk afirmou ao jornal alemão Bild que recebeu notícias de que a jovem de 22 anos resistira aos ferimentos, mas estava gravemente ferida. Parentes da jovem destacaram à mídia internacional que ela "era pacifista" e conhecida por seu envolvimento na organização de festivais de música.

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Como foi criada em Israel, onde o alistamento militar é obrigatório, Shani teria se recusado a servir ao Exército devido às suas opiniões em defesa da paz, segundo a tia, Orly.

Ao ver as notícias sobre o ataque, a família passou a tentar ligar para a jovem, e ela disse que estava “em pânico”, segundo a família. Após o vídeo em que confirmava que ela havia sido raptada rodar o mundo, a preocupação da família só aumentou. Além disso, o cartão de crédito de Shani foi roubado, e teve diversas tentativas de uso.

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Entenda os principais pontos da guerra entre Israel e Hamas:

  • Desde o início do conflito, mais de 8.005 palestinos morreram, sendo 3.595 crianças e 2.062 mulheres, e mais de 20 mil ficaram feridos; do lado israelense, 1.405 israelenses morreram, sendo 311 soldados e 57 policiais, e há mais de 5.431 feridos;
  • Estima-se que 239 pessoas, a maioria israelenses, foram sequestradas pelo Hamas e levadas para Gaza; apenas 4 já foram libertadas; o número exato de capturados, no entanto, já sofreu alterações desde o início dos conflitos; as autoridades israelenses falam em 40 desaparecidas, além dos 239 reféns;
  • Em 22 dias de conflito cerca de 45% das residências de Gaza foram totalmente ou parcialmente destruídas e mais de 1.4 milhão de palestinos foram deslocados de suas casas, para outras partes de Gaza, após ordem de evacuação de Israel;
  • No  21.º dia do conflito entre Israel e Hamas, as Forças de Defesa de Israel (IDF) intensificaram os bombardeios à Gaza, e cortaram o acesso à internet e telefonia dos palestinos. A Faixa de Gaza, que já estava sem energia elétrica, sem combustível e praticamente sem água potável, ficou também incomunicável;
  • Após semanas anunciando uma possível invasão terrestre à Gaza, no dia 28 de outubro, Netanyahu deu aval para operação terrestre e ataques se intensificaram;
  • No dia 27 de outubro, a Assembleia Geral da ONU aprovou resolução que pede pausa humanitária em Gaza; o Representante palestino na ONU já havia pedido um cessar-fogo imediato; já no Conselho de Segurança da ONU os textos do Brasil, Rússia e EUA foram vetados; a proposta brasileira recebeu um único veto de um membro-permanente, dos EUA;  
  • Desde o início dos bombardeios, entidades de Direitos Humanos e a ONU alertam para o risco de agravamento da crise humanitária em Gaza. Com os hospitais e necrotérios sobrecarregados, palestinos chegaram a usar carros de sorvete e refrigeradores de alimentos para armazenar corpos;
  • Ajuda humanitária começou a chegar a Gaza apenas no dia 20 de outubro, 13 dias após o início do conflito;
  • Em 17 de outubro, o bombardeio ao Hospital Batista Al-Ahli, em Gaza, deixou ao menos 500 mortos; Israel acusou a Jihad Islâmica pelo bombardeio. O grupo negou; já no dia 19, a terceira igreja mais antiga do mundo, a Igreja de São Porfírio, localizada na Faixa de Gaza, foi bombardeada;
  • Em 7 de outubro, o Hamas realizou a maior onda de ataques contra Israel, o que resultou em mais de 1.200 mortos; Benjamin Netanyahu, que já adotava política que incentivava a expropriação de terras palestinas na Cisjordânia, onde o Hamas não tem controle,  declarou guerra ao Hamas e falou em destruir o grupo, iniciando uma nova onda de ataques à Gaza;
  • O que é o Hamas? O Hamas é organização militar, política e social que comanda a Faixa de Gaza desde 2007, quando venceu as eleições legislativas palestinas. O grupo é considerado uma organização terrorista por países da União Europeia e pelos Estados Unidos, mas não pela ONU;
  • O que é o cerco à Gaza? A Faixa de Gaza vive sob um intenso bloqueio terrestre, aéreo e marítimo, com restrições de entrada de suprimentos básicos, desde 2007, sendo considerada uma 'prisão a céu aberto' por analistas, pesquisadores e entidades de direitos humanos;
  • Estado Palestino: os palestinos reivindicam a criação de seu Estado (que inclui a Cisjordânia) desde 1948 quando o estado de Israel foi fundado. 

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Com informações da Reuters. 

Fonte: Redação Terra
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