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Europa

Turquia: Erdogan pede fim de protestos e diz que cumpriu "dever"

16 jun 2013 - 13h19
(atualizado às 13h38)
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Multidão acompanha comício de Erdogan em Istambul
Multidão acompanha comício de Erdogan em Istambul
Foto: EFE

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu à população neste domingo que não se deixe enganar e não atenda às convocações para manifestações na praça Taksim, em Istambul, eixo da onda de protestos antigovernamentais, que foi desocupada ontem pela polícia. Erdogan ainda afirmou que desocupara a área era seu "dever de primeiro-ministro". 

"Apelo ao bom senso da população", disse o primeiro-ministro, que justificou a desocupação da praça e do parque Gezi pelo fato de seus ocupantes insistirem em ficar ali apesar de suas promessas que cumprirá a vontade popular a respeito do polêmico projeto de reurbanizar a área. "Eu disse que nós tínhamos chegado ao fim. Tinha ficado insuportável. Ontem, a operação foi realizada e (a Praça Taksim e o Parque Gezi) foram limpas (...) Era meu dever de primeiro-ministro",

Em um grande comício em Istambul, o primeiro-ministro se defendeu das acusações de brutalidade policial contra os manifestantes, realizadas tanto dentro como fora do país. "Antes de nós, a polícia podia usar a força sem nenhum limite. Nós viemos e a restringimos", afirmou, em referência a seu partido, o islamita moderado AKP, no poder há 11 anos. Além disso, assegurou que durante seu mandato acabaram os maus tratos em prisões e delegacias e foram suspensas as limitações à liberdade de expressão e manifestação. 

No entanto, Erdogan salientou que "não podem manifestar-se em qualquer lugar" e insistiu em garantir que ocorreram atos de vandalismo durante os 18 dias de protestos e que os hotéis na região estão vazios. "Quem pagará por isso?", perguntou a seus simpatizantes, que não pararam de entoar gritos de "A Turquia está orgulhosa de você".

Greve Geral

Dois dos principais sindicatos turcos anunciaram neste domingo uma greve geral a partir de segunda-feira em toda a Turquia para denunciar a violência policial contra os manifestantes que se opõem ao primeiro-ministro Erdogan, declarou à AFP o porta-voz do sindicato KESK. "Vamos entrar em greve amanhã (segunda-feira) em todo o país, com o (sindicato) DISK e outras organizações", indicou Baki Cinar, porta-voz do sindicato KESK.

Com informações das agências AFP e EFE

EFE   
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