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Europa

Sérvia tenta salvar sua maior usina elétrica das águas

País luta contra as piores inundações na região dos Bálcãs em mais de 100 anos

19 mai 2014 - 11h33
(atualizado às 11h41)
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Serviços de emergência ajudam durante vítimas e procuram corpos nestas que são as piores enchentes a atingir os Balcãs em mais de um século
Serviços de emergência ajudam durante vítimas e procuram corpos nestas que são as piores enchentes a atingir os Balcãs em mais de um século
Foto: Reuters

Soldados e trabalhadores do setor de energia empilharam milhares de sacos de areia durante a noite para proteger a maior usina de energia elétrica da Sérvia, ameaçada por uma inundação que deve continuar aumentando após as chuvas mais pesadas dos Bálcãs em mais de um século já terem matado dezenas de pessoas.

Na vizinha Bósnia, a rádio estatal relatou que o rio Sava, cujo trasbordamento causou danos na Sérvia, na Croácia e na própria Bósnia, havia novamente superado as barreiras contra a elevação do nível de suas águas no domingo, inundando partes da cidade de Orasje, no norte do país.

As águas recuaram em outras partes da Bósnia, deixando um cenário de devastação - lama, entulho e animais mortos. Outras 1.000 pessoas foram retiradas da cidade fronteiriça de Bijeljina, ameaçada de inundação pelo Sava e o rio Drina. Outras 5.000 saíram de Odzak, no norte, segundo informações da mídia.

Na Sérvia, uma parede de sacos de areia de vários quilômetros foi construída em volta da usina Nikola Tesla, na inundada cidade de Obrenovac, localizada a 30 quilômetros ao sudoeste da capital, Belgrado. A unidade cobre cerca de metade da demanda de eletricidade da Sérvia.

Inundações nos Bálcãs deixam 44 mortos:

Um câmera da Reuters viu outros 10 caminhões com sacos de areias à espera. Autoridades em Belgrado disseram que serviços de emergência e voluntários haviam enchido 60 mil sacos e os despachado para a usina.

Uma porta-voz sindical da companhia de energia sérvia EPS disse que alguns dos funcionários estavam trabalhando havia três dias quase sem descanso porque a equipe de auxílio não conseguia chegar à usina.

“A usina deve estar segura agora”, disse Djina Trisovic à Reuters. “Fizemos tudo o que pudemos. Agora está nas mãos de Deus”.

Partes da usina foram fechadas como precaução, e ela teria que ser desativada completamente caso as águas superassem as defesas.

Pelo menos 37 pessoas morreram afogadas ou soterradas por deslizamentos de terra na Sérvia e na Bósnia, à medida que as águas submergiram cidades e varreram estradas e pontes. Milhares de pessoas estão desabrigadas.

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