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Europa

Primeiro-ministro ucraniano afirma que polícia não usará a força

11 dez 2013 - 09h23
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O primeiro-ministro da Ucrânia, Nikolai Azárov, afirmou nesta quarta-feira que a polícia não usará a força para tirar os manifestantes congregados na Praça da Independência de Kiev, que há três semanas protestam contra a renúncia temporária do Governo de se associar à União Europeia.

"Não será usada força contra os manifestantes. Iremos tirá-los de lá para garantir o normal funcionamento da cidade", disse Azárov, citado pelas agências locais, ao inaugurar uma reunião do Gabinete de Ministros.

O ministro do Interior, Vitali Zajárchenko, ressaltou que as ações da polícia, que nesta madrugada despejaram várias barricadas levantadas nos acessos da Praça da Independência, foi em cumprimento de uma decisão judicial.

"Quero tranquilizar a todos: não haverá dissolução do 'maidán' (praça, em ucraniano) pela força. Ninguém atenta contra o direito dos cidadãos de protestar pacificamente", citou Zajárchenko no escritório de imprensa de Interior.

Ao mesmo tempo, o ministro manifestou que "não se pode ser omisso com os direitos e interesses legítimos de outros cidadãos", que estão sendo lesados pelo levantamento de barricadas no centro da cidade.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, criticou hoje o uso da força pela polícia antidistúrbios que atacou as barricadas levantadas na Praça da Independência ontem a noite. "As autoridades não tinham que atuar durante a noite para se dirigir à sociedade mediante o uso da força", escreveu no Twitter Ashton, de visita na capital ucraniana.

Segundo as autoridades, pelo menos dez policiais ficaram feridos em enfrentamentos com os manifestantes nesta madrugada durante o desmantelamento das barricadas.

Os participantes dos protestos continuam na Praça da Independência , assim como na Casa dos Sindicatos e na Prefeitura de Kiev, edifícios ocupados pelos manifestantes no último dia 1.

A secretária adjunta dos EUA para Assuntos Europeus, Victoria Nuland, visitou hoje a Praça da Independência, onde foi recebida pelos manifestantes com gritos de "Que deus a abençoe". Nuland, que foi à concentração acompanhada do embaixador americano em Kiev, Geoffrey Pyatt, compartilhou bolachas com os manifestantes e, depois, fez o mesmo com policiais antidistúrbios postados junto a praça.

EFE   
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