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Europa

Parlamento alemão celebra queda do Muro de Berlim

Sessão contou com participação polêmica de dissidente da RDA

7 nov 2014 - 15h37
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<p>O presidente do Congresso alem&atilde;o, Norbert Lammert, discursa em comemora&ccedil;&atilde;o&nbsp;do 25&ordm; anivers&aacute;rio da queda do Muro de Berlim</p><p>&nbsp;</p>
O presidente do Congresso alemão, Norbert Lammert, discursa em comemoração do 25º aniversário da queda do Muro de Berlim 
Foto: Fabrizio Bensch / Reuters

O Parlamento da Alemanha celebrou na manhã desta sexta-feira o aniversário de 25 anos da queda do Muro de Berlim, que será comemorado no próximo domingo (9). Em seu pronunciamento, o presidente do Congresso, Norbert Lammert, disse que esse momento histórico não foi um milagre, mas sim "consequência de uma revolução pacífica sem precedentes, e não apenas na história alemã".

Após ele, vários deputados pediram a palavra para recordar os fatos ocorridos naquele dia 9 de novembro de 1989, que marcou simbolicamente o fim da Guerra Fria. A sessão também contou com a presença do cantor Wolf Biermann, famoso dissidente da antiga Alemanha Oriental que perdera sua cidadania do lado comunista em 1976.

Com uma guitarra nas mãos, o músico atacou em tons ásperos o partido Die Linke, formação de extrema-esquerda em crescimento em algumas regiões do país. Segundo Biermann, a legenda é um "miserável resíduo de tudo aquilo que, felizmente, foi superado".

A resposta do conservador Lammert foi imediata. "Quando for eleito ao Parlamento, poderá tomar a palavra, agora você está aqui para cantar", disse. O cantor retrucou que não perdera o hábito de se pronunciar nem quando vivia na Alemanha Oriental.

"Certamente não o farei hoje", acrescentou, antes de entoar uma canção chamada "Ermutigung", que significa "Encorajamento" em português.

Gorbachev

Em Berlim para as comemorações dos 25 anos da queda do Muro, o último líder soviético, Mikhail Gorbachev, disse que é positivo para os povos da Alemanha e da Rússia que os dois países se entendam, em referência implícita à crise na Ucrânia.

"Devemos sempre pensar nas lições da história. Não podemos perder o momento para melhorar as relações", afirmou.

Fonte: Ansa Brasil
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