PUBLICIDADE

Europa

Papa e Putin defendem saída negociada para conflito na Síria

25 nov 2013 - 17h39
(atualizado em 16/6/2018 às 12h04)
Compartilhar
Exibir comentários
O papa Francisco durante encontro com Putin (esq.)
O papa Francisco durante encontro com Putin (esq.)
Foto: AP

O papa Francisco e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, defenderam nesta segunda-feira a via da negociação, que inclua as distintas facções étnicas e religiosas, para a consecução de uma "solução pacífica" ao conflito na Síria.

Durante uma audiência privada de 35 minutos de duração realizada hoje no Palácio Apostólico do Vaticano, o líder russo quis agradecer ao pontífice a carta que enviou por ocasião da cúpula do G20 de São Petersburgo no último mês de setembro para pedir que se evitassem "soluções militares".

Na audiência, "se ressaltou a urgência da cessação da violência e de fazer chegar a assistência humanitária necessária à população, assim como de favorecer iniciativas concretas para uma solução pacífica do conflito, que privilegie a negociação e envolva as distintas facções étnicas e religiosas, reconhecendo seu papel imprescindível na sociedade", informou o Vaticano.

A paz no Oriente Médio e a "grave situação" na Síria, segundo a definiu a Santa Sé em comunicado, foram dois dos temas que o chefe da Igreja Católica e o presidente da Rússia abordaram no encontro de hoje na biblioteca do apartamento papal no Palácio Apostólico com ajuda de intérpretes.

Durante seu encontro, que sucedeu uma reunião de Putin com o secretário de Estado, Pietro Parolin, e com o secretário para as Relações com os Estados do Vaticano, Dominique Mamberti, o presidente russo e Francisco trocaram presentes.

O papa presenteou Putin com um mosaico com uma panorâmica dos jardins vaticanos, enquanto o líder russo lhe entregou a representação de Nossa Senhora de Vladimir, uma das imagens mais veneradas na Igreja Ortodoxa, cujo original data do século 12.

Trata-se da quarta vez que Putin visita o Vaticano desde o ano 2000, quando, em seu primeiro ano de presidência, se reuniu com João Paulo II, um encontro que se repetiria em 2003, para voltar já em 2007, sob o pontificado de Bento XVI.

A reunião aconteceu em um momento de diálogo e aproximação entre a Igreja Católica e os ortodoxos russos, apesar de Putin não ter convidado o papa à Rússia, por não contar com o respaldo do patriarca russo, Kirill, o máximo representante da Igreja Ortodoxa russa.

Guerra na Síria para iniciantes
AFP
AFP AFP
EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade