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Europa

Mais de 260 migrantes desembarcam em porto na Itália

Barco clandestino foi rebocado por pesqueiro até a Sicília

25 nov 2018 - 11h17
(atualizado às 12h29)
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Desembarque de migrantes em Pozzallo, na Sicília
Desembarque de migrantes em Pozzallo, na Sicília
Foto: ANSA / Ansa

Em meio à deriva antimigrantes do governo da Itália, 264 pessoas resgatadas no Mediterrâneo desembarcaram na manhã deste domingo (25) no Porto de Pozzallo, na Sicília.

O procedimento de descida dos migrantes forçados foi acelerado devido às condições precárias do barco em que estavam, rebocado por um pesqueiro até o porto.

A embarcação levava 184 homens, 43 mulheres e 37 menores de idade, que serão distribuídos por centros de acolhimento de todo o país. Os migrantes haviam partido de Misurata, na Líbia, na última quinta-feira (22) e são em sua maioria da Eritreia, país notório pelas violações dos direitos humanos e por impor serviço militar obrigatório à sua população masculina.

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), alguns desses eritreus passaram até dois anos como prisioneiros de traficantes de seres humanos, passando por "torturas e abusos".

"Eles estão milagrosamente vivos", disse a representação do Acnur na Itália. Em 2018, cerca de 22,6 mil migrantes forçados desembarcaram em portos italianos, uma queda de 80% em relação ao mesmo período do ano passado.

O índice de chegadas já vinha caindo drasticamente desde o segundo semestre de 2017, em função de um acordo do governo anterior para treinar e equipar a Guarda Costeira da Líbia, mas a tendência se acentuou com a posse de Matteo Salvini no Ministério do Interior, em 1º de junho.

O secretário da ultranacionalista Liga endureceu as políticas migratórias da Itália e fechou os portos do país para navios de ONGs que operam no Mediterrâneo.

Ansa - Brasil   
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