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Kerry vai dar "grande abraço" em Paris após ataques de militantes

15 jan 2015 - 16h44
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O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse nesta quinta-feira que sua visita à França é para dar um “grande abraço” em Paris, após os ataques mortais de militantes islâmicos armados contra o jornal semanal satírico Charlie Hebdo.

Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, concede entrevista após encontro com premiê da Bulgária, Boiko Borisov, em Sófia. 15/01/2015
Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, concede entrevista após encontro com premiê da Bulgária, Boiko Borisov, em Sófia. 15/01/2015
Foto: Stoyan Nenov / Reuters

O governo de Barack Obama foi criticado internamente por opositores republicanos por não ter enviado alguma autoridade de alto nível para uma marcha na capital francesa realizada após os ataques, e a Casa Branca depois reconheceu que Washington deveria ter enviado um representante de primeiro escalão.

Kerry tem um encontro marcado com o presidente francês, François Hollande, na sexta, para oferecer o apoio de Washington.

Questionado por repórteres durante uma visita à Bulgária se esperava que a ida à França fosse capaz de apaziguar a situação, Kerry respondeu: “Minha visita à França é basicamente para compartilhar um grande abraço com Paris e expressar a afeição do povo norte-americano pela França e por nossos amigos lá, que passaram por momentos terríveis.”

Na semana passada, dezesseis pessoas foram mortas por militantes islâmicos armados nas instalações do Charlie Hebdo e em um supermercado de comida judaica, e uma policial foi morta a tiros em outro incidente.

Autoridades dos EUA alegaram questões de segurança como uma razão central para que nem Obama nem o vice-presidente Joe Biden comparecessem à passeata em memória das vítimas.

Hollande e 44 dignitários de outros países, incluindo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o líder palestino, Mahmoud Abbas, caminharam à frente de mais de 1 milhão de pessoas em um passeata convocada em solidariedade às vítimas e contra o terrorismo.

(Reportagem de Arshad Mohammed e Tsvetelia Tsolova)

((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))

REUTERS PF

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