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Incêndio 'apocalíptico' que atingiu o sul da França é controlado, mas danos ainda são incalculáveis

Em meio a uma paisagem coberta de cinzas, os bombeiros conseguiram conter o incêndio de grandes proporções no departamento de Aude, sul da França, e esperam poder apagá-lo nos próximos dias em trabalhos de contingência. Nesta sexta-feira (8), os bombeiros se beneficiam de condições climáticas favoráveis. No entanto, há previsão de que o departamento entre em alerta laranja para onda de calor, com intensificação dos ventos e aumento de temperatura no fim de semana.

8 ago 2025 - 12h24
(atualizado às 12h27)
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Em meio a uma paisagem coberta de cinzas, os bombeiros conseguiram conter o incêndio de grandes proporções no departamento de Aude, sul da França, e esperam poder apagá-lo nos próximos dias em trabalhos de contingência. Nesta sexta-feira (8), os bombeiros se beneficiam de condições climáticas favoráveis. No entanto, há previsão de que o departamento entre em alerta laranja para onda de calor, com intensificação dos ventos e aumento de temperatura no fim de semana.

Até 900 hectares de vinhedos foram destruídos pelos incêndios florestais na região de Aude, no sul da França, que após serem controlados, agora seguem pelos próximos dias em ações de contingência.
Até 900 hectares de vinhedos foram destruídos pelos incêndios florestais na região de Aude, no sul da França, que após serem controlados, agora seguem pelos próximos dias em ações de contingência.
Foto: © SDIS / RFI

Uma foto impressionante do fogo estampa a capa do jornal Le Monde desta sexta-feira, que descreve: "Parecia o apocalipse".

Trata-se do pior incêndio em pelo menos 50 anos na região mediterrânea francesa, de acordo com um banco de dados governamental que registra incidentes florestais deste tipo desde 1973. O fogo consumiu 17 mil hectares de vegetação em pouco mais de 48 horas, matando uma pessoa. Além disso, 23 ficaram feridos, incluindo bombeiros.

Em danos materiais, 36 residências foram destruídas ou danificadas, 54 veículos queimados, 5 mil residências ficaram sem energia no pico da crise e cerca de 1.300 ainda seguem sem luz nesta sexta. Apesar da extensão impressionante da área atingida, o número de residências e veículos danificados é considerado baixo em comparação com outros desastres naturais de grande escala.

Empresas com cobertura para perdas operacionais podem ser indenizadas, dependendo dos termos dos contratos. Isso inclui produtores florestais, viticultores, hotéis e até o operador da rodovia A9, principal ligação entre França e Espanha, que ficou fechada entre terça (5) e quarta-feira (6).

Ainda é cedo para estimar os valores envolvidos, mas os prejuízos devem ser bem inferiores aos dos incêndios em Los Angeles, que chegaram a US$ 40 bilhões, segundo a resseguradora Swiss Re.

Continuidade dos trabalhos de rescaldo

Equipes trabalham para resfriar as últimas cinzas e monitorar possíveis reacendimentos. A umidade elevada e o céu nublado ajudam no combate terrestre, mas dificultam o uso de aeronaves, segundo o coronel Christophe Magny. Mesmo em áreas já atingidas, o risco de novos focos permanece alto por vários dias, segundo o especialista Anthony Collin, da Universidade de Lorraine.

A diretoria do serviço de incêndio e salvamento da região reconheceu ao jornal Le Monde que as chamas tiveram intensidade e velocidade inéditas: o fogo se propagava a 1.000 hectares por hora, informou.

O diário Le Parisien destaca o trabalho dos mais de 2 mil bombeiros e a onda de solidariedade na região, que mobilizou a população para distribuir refeições aos bombeiros, abrigar vítimas que perderam suas casas, além de oferecer o uso de cisternas de água particulares e doações.

Situação dos vinhedos da região

Tanto o jornal quanto o portal France Info comentam o caso da remoção dos vinhedos da região como fator responsável pela rápida propagação das chamas, já que, segundo um representante dos agricultores entrevistado pelo Le Parisien, "os vinhedos atuam como barreiras naturais contra incêndios", por permanecerem úmidos mesmo em tempos de seca.

Estima-se que até 900 hectares de vinhedos foram queimados em Aude, o que deve causar prejuízos à produção de vinho na França. "A agricultura da região precisa ser repensada", disse um viticultor citado pelo Le Figaro. A indignação dele, segundo o jornal, é que o setor vitivinícola da região enfrenta dificuldades econômicas, e os agricultores acabam forçados a arrancarem seus vinhedos.

A origem do incêndio ainda é desconhecida, mas teria começado às margens de uma estrada em Ribaute, o que a polícia ainda investiga.

RFI com agências

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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