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Europa

França lembra atentados de Paris um mês depois do massacre

13 dez 2015 - 17h20
(atualizado às 17h52)
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Foto: EFE

Passado um mês dos atentados que custaram a vida de 130 pessoas em Paris e Saint-Denis, a França lembra neste domingo a tragédia, enquanto os investigadores continuam as buscas por alguns suspeitos.

O país voltou à vida normal e apenas o estado de emergência decretado pelo governo na noite dos ataques quebra a monotonia geral. Coincidindo com o segundo turno das eleições regionais, apenas cerca de 100 pessoas se reuniram em uma concentração organizada em frente à Torre Eiffel para lembrar as vítimas e pedir o fim do Estado Islâmico (EI), o grupo que reivindicou os atentados.

A casa de shows Bataclan, onde 90 pessoas morreram, voltou a receber mostras de solidariedade em forma de mensagens escritas, flores e velas, símbolos do maior atentado sofrido na França. Os cidadãos parecem ter colocado em suas vidas as dificuldades que o estado de emergência representa, em particular a proibição de se manifestar.

Um mês depois dos atentados, 89% dos franceses garantem que mantém seus hábitos normais, segundo uma pesquisa do instituto BVA, quando uma semana depois dos ataques 55% diziam que não tinha modificado sua rotina. Apesar de tudo, a percepção de que a França vive uma ameaça terrorista elevada é grande e está presente em 94% dos entrevistados.

A campanha eleitoral das regionais e a Cúpula do Clima, que encerrou ontem à noite em Paris, contribuíram também para que os franceses tivessem essas ações terroristas menos presentes. Em paralelo, os investigadores continuam montando o quebra-cabeça que levou três grupos a cometer os ataques nas imediações do Stade de France em Saint-Denis, em uma série de terraços do centro da cidade e no Bataclan.

Por enquanto, já foram identificados os três suicidas do Bataclan - Samy Amimour, Omar Ismail Mostefai e Foued Mohamed-Aggad - e dois dos três participantes do fatal percurso pelos terraços de Paris, Brahim Abdeslam e Abdelhamid Abaaoud, também considerado o cérebro da operação. Além disso, sabe-se que dois dos três suicidas do Stade de France passaram por um controle policial na Grécia quando entraram na Europa infiltrados entre refugiados da Síria, embora restem fortes dúvidas sobre sua identidade.

As autoridades buscam Salah Abdeslam, irmão de Brahim, que participou dos atentados, mas escapou no dia seguinte com a ajuda de dois amigos rumo a seu bairro natal de Molenbeek, em Bruxelas, onde seu paradeiro foi perdido. Os investigadores acreditam que ele percorreu a Europa para obter as armas e os explosivos necessários para cometer os ataques e, possivelmente, para buscar alguns de seus cúmplices.

Quanto Abaaoud, que foi abatido pela polícia cinco dias depois dos atentados quando estava prestes a cometer outro massacre no distrito financeiro parisiense da Défense, também se soube que esteve na ilha grega de Lesbos, ponto de entrada à Europa de muitos imigrantes. Essa pelo menos foi a informação passada pelos serviços secretos marroquinos aos franceses, segundo o jornal "Le Parisien", que assinala que os investigadores consideram que o cérebro dos atentados esteve lá para buscar alguns cúmplices.

Enquanto isso, baseado no estado de emergência que permite à polícia efetuar batidas sem a necessidade de supervisão judicial, várias células jihadistas consideradas adormecidas e cujo grau de periculosidade não foi determinado foram desarticuladas.

EFE   
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