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Europa

Espanha: mais uma enfermeira é isolada por suspeita de ebola

A mulher internada nesta quarta-feira fez parte da equipe que tratou 2 padres espanhóis que morreram de ebola em Madri

8 out 2014 - 08h48
(atualizado às 08h49)
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Mais uma enfermeira foi internada nesta quarta-feira na Espanha
Mais uma enfermeira foi internada nesta quarta-feira na Espanha
Foto: Susana Vera / Reuters

Outra enfermeira espanhola foi isolada e mantida sob observação em um hospital nesta quarta-feira como precaução depois que uma de suas colegas testou positivo para ebola, disse uma fonte do Ministério da Saúde, em Madri.

 "Ela tem febre. O protocolo foi implementado e, considerando as circunstâncias, consideramos isso oportuno", disse à Reuters uma fonte do Ministério da Saúde, em Madri.

A enfermeira internada nesta quarta-feira fez parte da equipe que tratou dos dois padres espanhóis que morreram de ebola no hospital Carlos III, de Madri, depois de serem repatriados da África.

Depois da internação dessa enfermeira, e de uma outra na terça-feira à noite, já são seis as pessoas que foram isoladas após a confirmação da primeira propagação do vírus ebola fora de África.

Os testes a que foi submetido um engenheiro que viajou para a Nigéria - um dos países afetados pelo pior surto de ebola registrado até hoje - deram negativo. Os testes de uma sexta pessoa, uma outra enfermeira que não tinha sintomas, também deram negativo.

Repercussão do primeiro caso

A ministra de Saúde da Espanha, Ana Mato, declarou nesta quarta-feira que não constam sintomas de ebola nas pessoas que tiveram contato com a auxiliar de enfermagem contagiada pelo vírus e internada na terça-feira, mas disse que exames ainda estão sendo realizados.

Rajoy pediu tranquilidade aos espanhois sobre o ebola
Rajoy pediu tranquilidade aos espanhois sobre o ebola
Foto: Andrea Comas / Reuters

Esta primeira paciente contagiada, segundo explicou Mato aos jornalistas, permanece isolada no Hospital Carlos III, em Madri, assim como seu marido, que não apresenta nenhum sintoma.

Sobre as causas do contágio e a possibilidade de tirar o traje de proteção, Mato afirmou que há uma investigação aberta, no entanto, ainda não há dados novos.

Perguntada por que a doente demorou para ser internada após os primeiros sintomas, disse que também há uma investigação para esclarecer quem pode ter feito contato com ela nesses dias.

A auxiliar de enfermagem Teresa Romero, de 44 anos de idade, casada e sem filhos, chegou na segunda-feira ao hospital, o mesmo onde cuidou de dois missionários espanhóis mortos pelo ebola, doença que tinham contraído na África.

Líder espanhol pede calma

O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, em um comparecimento parlamentar, afirmou nesta quarta-feira que "é preciso estar atento, mas mantendo a tranquilidade".

"Deixem os profissionais trabalharem, eles têm prestígio credenciado. A saúde espanhola é uma das melhores do mundo" ressaltou.

Em sua primeira declaração sobre o tema, durante a qual não falou o nome da vítima, o líder conservador se comprometeu a apresentar "qualquer informação que se possa dar ao conjunto da opinião pública e, portanto, transparência total na matéria".

Para o chefe de Governo, a prioridade é "atender todas as pessoas que contraíram a doença" - uma até o momento -, "vigiar as pessoas que estiveram em contato, investigar o motivo por que o contágio aconteceu e explicar à população as situações em que pode ocorrer a infecção".

Antes, o líder socialista criticou o governo pelos cortes na saúde pública e as tentativas de privatização do setor, assim como a estratégia de comunicação da ministra da Saúde, Ana Mato.

Para Sánches, quando a ministra falou, "provocou mais incertezas e mais angústia na opinião pública".

O atual surto de Ebola já matou mais de 3.400 pessoas.

Com informações da Reuters, EFE e AFP.

Foto: Arte Terra

Fonte: Terra
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