Espanha enfrenta 3ª semana de alerta por onda de calor e segue combatendo incêndios florestais
A Espanha, que entra em sua terceira semana de alerta por onda de calor, continua lutando contra os incêndios florestais, concentrados no noroeste e oeste do país. Até o Exército foi mobilizado para ajudar no combate às chamas.
A Espanha, que entra em sua terceira semana de alerta por onda de calor, continua lutando contra os incêndios florestais, concentrados no noroeste e oeste do país. Até o Exército foi mobilizado para ajudar no combate às chamas.
As regiões de Castela e Leão, Galícia, Astúrias e Extremadura são atualmente os principais focos dos incêndios florestais.
O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, que participou neste sábado (16) de uma reunião de coordenação sobre os incêndios "para analisar sua evolução", informou que, após a partida de dois aviões-tanque emprestados pela França, "dois novos aviões Canadair italianos, fornecidos pelo Mecanismo Europeu de Proteção Civil, chegaram à base aérea de Matacán (Salamanca)".
"O governo continua trabalhando para combater o fogo com todos os meios à sua disposição", declarou na rede social X, enquanto a gestão dos incêndios alimenta cada vez mais o debate político.
Cerca de dez rodovias permanecem bloqueadas no país, assim como a linha ferroviária entre Madri e Galícia, em pleno feriado da Assunção, no último dia 15.
Os serviços de emergência na Galícia enviaram mensagens de alerta aos celulares, pedindo que a população de várias dezenas de localidades permanecesse em casa.
"Se você receber este alerta: mantenha a calma e leia atentamente o texto (...) Diante do avanço dos incêndios, evite deslocamentos desnecessários e fique em casa. Se estiver ao ar livre e não tiver onde se abrigar, afaste-se das áreas afetadas", informava a mensagem.
Cerca de 3.500 militares da UME (Unidade Militar de Emergência), acionada em casos de incêndios graves, estão distribuídos entre os locais mais críticos.
Castela e Leão, por meio de seu administrador regional Alfonso Fernández Mañueco, solicitou ao governo do socialista Pedro Sánchez "diante de uma situação excepcional causada pelas condições meteorológicas extremas e pela multiplicação dos incêndios (...) uma resposta excepcional: além das unidades regionais e da UME, precisamos de mais efetivos do Exército à disposição das regiões".
Extremadura também fez um pedido oficial de reforços, em um país onde o combate aos incêndios é, em princípio, competência das regiões, e o governo só intervém em casos de desastres de grande escala.
A região também solicitou a reativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, pedindo 100 caminhões de bombeiros, 10 helicópteros leves e 10 helicópteros anfíbios.
A Espanha deve permanecer em alerta por conta do calor até segunda-feira (17), e essas temperaturas extremas aumentaram significativamente o risco de incêndios.
A fumaça proveniente dos incêndios florestais na Espanha e em Portugal chegou ao Reino Unido, segundo o serviço meteorológico Met Office na rede X.
Em comunicado, o serviço explicou que a fumaça "continuará se deslocando sobre algumas regiões do Reino Unido durante o fim de semana, tornando o céu enevoado ou esbranquiçado em certos momentos".
Desde o início do ano, mais de 157 mil hectares foram consumidos pelas chamas na Espanha, segundo o mapa em tempo real do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (Effis).
(Com AFP)