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EUA impõem sanções à petrolífera venezuelana PDVSA e ampliam pressão sobre Maduro

29 jan 2019 - 10h53
(atualizado às 11h05)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs na segunda-feira sanções à petrolífera estatal venezuelana PDVSA, com o objetivo de reduzir as exportações de petróleo do país aos EUA e pressionar o presidente Nicolás Maduro a renunciar.

Logo da PDVSA em posto de gasolina em Caracas 28/01/2019 REUTERS/Andres Martinez Casares
Logo da PDVSA em posto de gasolina em Caracas 28/01/2019 REUTERS/Andres Martinez Casares
Foto: Reuters

A Rússia, aliada próxima da Venezuela, denunciou o movimento como intervenção ilegal em assuntos do país latino-americano e disse que uma redução nas exportações provavelmente levaria a Venezuela a enfrentar problemas para pagar o serviço de sua dívida soberana de 3,15 bilhões de dólares com Moscou.

Minutos antes do anúncio das sanções, Juan Guaido, líder da oposição venezuelana que se declarou presidente interino na semana passada com apoio dos EUA, disse que o congresso deve nomear novos conselheiros para a companhia e sua subsidiária nos EUA, a Citgo.

Guaido, apoiado também por outros países do Ocidente, disse que Maduro fraudou sua reeleição e deveria renunciar para permitir novas e justas eleições.

Maduro, em um discurso em rede nacional na segunda-feira, acusou os EUA de tentarem roubar a Citgo, braço de refino da PDVSA nos EUA e mais importante ativo da Venezuela no exterior, que também opera uma cadeia de postos de combustível nos EUA. Ele disse que a Venezuela tomará medidas legais em resposta.

No primeiro sinal de retaliação, três fontes com conhecimento da decisão disseram que a PDVSA ordenou que clientes com navios tanques que aguardam para levar petróleo venezuelano aos EUA devem pagar antecipadamente pelas cargas.

A administração Trump não chegou a banir a compra de petróleo venezuelano pelas empresas dos EUA, mas os recursos gerados por essas vendas serão colocados em uma conta bloqueada. Com isso, a PDVSA deve rapidamente parar de embarcar tanto petróleo para os EUA, seu principal cliente.

"Se os venezuelanos quiserem seguir nos vendendo petróleo, enquanto o dinheiro continuar a ir para contas bloqueadas nós continuaremos a comprá-lo. Se não for dessa maneira, não compraremos", disse o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, em coletiva de imprensa na Casa Branca.

Embora as regras prevejam exceções significativas, como a permissão para que a Citgo continue usando petróleo venezuelano em suas refinarias nos EUA, as sanções provavelmente causarão algum reordenamento nos fluxos globais de petróleo, uma vez que a Venezuela precisará buscar novos compradores e refinarias no Golfo dos EUA que usam petróleo da Venezuela terão que buscar alternativas de suprimento.

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