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Estados Unidos

Mostra revela tesouros arquitetônicos escondidos em NY

Arcos em tijolo criados pelo arquiteto espanhol Rafael Guastavino entre o fim do século 19 e o início do século 20 podem ser vistos em mais de 250 construções na cidade

4 abr 2014 - 14h54
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<p>Os arcos em tijolo criados pelo arquiteto e construtor espanhol Rafael Guastavino ajudaram a moldar a identidade arquitetônica de Nova York e estão espalhados por diversos marcos históricos e turísticos da cidade. Acima, a Elephant House do Zoológico do Bronx, de 1908</p>
Os arcos em tijolo criados pelo arquiteto e construtor espanhol Rafael Guastavino ajudaram a moldar a identidade arquitetônica de Nova York e estão espalhados por diversos marcos históricos e turísticos da cidade. Acima, a Elephant House do Zoológico do Bronx, de 1908
Foto: Michael Freeman / BBC News Brasil

Os arcos em tijolo criados pelo arquiteto e construtor espanhol Rafael Guastavino ajudaram a moldar a identidade arquitetônica de Nova York.

Muitas de suas criações podem ser vistas em marcos históricos e turísticos da cidade, como o salão de registro de Ellis Island (porta de entrada para os imigrantes que chegavam aos Estados Unidos até a metade do século passado), o Oyster Bar na estação de trem Grand Central ou a Catedral Anglicana de São João, o Divino.

A obra e o legado de Guastavino, que entre o fim do século 19 e o início do século 20 deixou sua marca em cerca de mil construções nos Estados Unidos, mais de 250 delas em Nova York, são tema da exposição "Palaces for the People: Guastavino and the Art of Structural Tile" ("Palácios para o Povo: Guastavino e a Arte do Tijolo Estrutural", em tradução livre), em cartaz no Museum of the City of New York.

<p>Guastavino trouxe para Nova York uma centen&aacute;ria t&eacute;cnica de engenharia mediterr&acirc;nea, aperfei&ccedil;oada por ele, que consistia em arcos de tijolo dispostos em um padr&atilde;o que combinava resist&ecirc;ncia, leveza e beleza. Na foto, o mercado embaixo da Queensboro Bridge, ponte que liga Manhattan ao Queens</p>
Guastavino trouxe para Nova York uma centenária técnica de engenharia mediterrânea, aperfeiçoada por ele, que consistia em arcos de tijolo dispostos em um padrão que combinava resistência, leveza e beleza. Na foto, o mercado embaixo da Queensboro Bridge, ponte que liga Manhattan ao Queens
Foto: Michael Freeman / BBC News Brasil

"Esta exposição conta a história extraordinária de uma família de imigrantes que literalmente ajudou a moldar a face de Nova York", diz a diretora do museu, Susan Henshaw Jones.

"Quando caminham pelas ruas de nossa cidade, as pessoas geralmente não notam os tesouros arquitetônicos escondidos em prédios de escritórios, parques e até estações de metrô", diz a diretora do museu", afirma.

Nascido em Valência e com a carreira iniciada em Barcelona, o espanhol Guastavino chegou a Nova York ao lado do filho mais novo, Rafael Jr., em 1881.

Na bagagem, trouxe uma centenária técnica de engenharia mediterrânea, aperfeiçoada por ele, que consistia em arcos de tijolo dispostos em um padrão que combinava resistência, leveza e beleza, além de ser à prova de fogo – grande preocupação nas cidades americanas na época.

<p>Nascido em Val&ecirc;ncia e com a carreira iniciada em Barcelona, Guastavino chegou a Nova York ao lado do filho mais novo, Rafael Jr., em 1881. Nas d&eacute;cadas seguintes, ambos deixaram sua marca em cerca de mil constru&ccedil;&otilde;es nos EUA, mais de 250 delas em Nova York, como este pavilh&atilde;o no Prospect Park, no Brooklyn, de 1906</p>
Nascido em Valência e com a carreira iniciada em Barcelona, Guastavino chegou a Nova York ao lado do filho mais novo, Rafael Jr., em 1881. Nas décadas seguintes, ambos deixaram sua marca em cerca de mil construções nos EUA, mais de 250 delas em Nova York, como este pavilhão no Prospect Park, no Brooklyn, de 1906
Foto: Michael Freeman / BBC News Brasil

Sua técnica logo chamou a atenção de importantes escritórios de arquitetura, que começaram a disputar os serviços de pai e filho em um momento em que o país via uma explosão no número de novas construções.

A mostra em Nova York, em cartaz até 7 de setembro, reúne projetos da empresa de Guastavino nunca antes expostos, fotos históricas e imagens atuais de suas obras.

Há também um vídeo que permite ao visitante explorar as construções do arquiteto e uma réplica de um arco em tijolo, oportunidade rara de examinar os detalhes da estrutura.

O museu convida ainda moradores e turistas a ajudar a descobrir obras de Guastavino espalhadas por Nova York, que estão sendo reunidas em um banco de dados.

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