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Estados Unidos

Milionário que revelou assassinato de amiga em programa de TV é condenado

Robert Durst, 78 anos, foi considerado culpado por morte de Susan Berman em 2000. Ela era testemunha em investigação do desaparecimento da ex-mulher dele, Kathleen McCormack.

17 set 2021 - 22h14
(atualizado em 18/9/2021 às 08h56)
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Promotores chamaram Robert Durst de 'psicopata narcisista'
Promotores chamaram Robert Durst de 'psicopata narcisista'
Foto: EPA / BBC News Brasil

Milionário e herdeiro do setor imobiliário dos Estados Unidos, Robert Durst foi condenado nesta sexta-feira (17/09) pelo assassinato de sua amiga Susan Berman em 2000.

O júri de Los Angeles não demorou muito para decidir que ele é culpado do crime, ocorrido enquanto Berman se preparava para depor na investigação do desaparecimento da primeira esposa do milionário, Kathleen McCormack - ela sumiu em 1982 e é considerada morta, mas seu caso até hoje é investigado.

McCormack desapareceu depois de passar o fim de semana na casa de campo do casal no Estado de Nova York. Segundo depoimentos, Durst demorou dias para avisar à polícia e à família da mulher sobre seu desaparecimento.

Já Susan Berman tinha 55 anos quando morreu e foi encontrada com um tiro na cabeça em sua casa em Beverly Hills.

No julgamento que levou à condenação de Durst pelo assassinato, promotores o chamaram de "psicopata narcisista". Ele está preso desde 2015, tem 78 anos e deverá passar o resto da vida na prisão.

As acusações contra o milionário ficaram mais conhecidas no documentário da HBO The Jinx — que revelou uma fala dele explosiva, veiculada horas depois de sua prisão em 2015.

O procurador Habib A. Balian mostra uma máscara usada por Robert Durst quando a polícia o prendeu
O procurador Habib A. Balian mostra uma máscara usada por Robert Durst quando a polícia o prendeu
Foto: Reuters / BBC News Brasil

De acordo com os produtores do programa, Durst foi ao banheiro após a entrevista sem lembrar que ainda estava usando um microfone sem fio.

"Aí está, você foi pego", ele sussurrou para si mesmo. "O que diabos eu fiz? Matei todos, é claro."

Na época, o advogado de Durst disse que a prisão foi orquestrada para coincidir com o fim do documentário da HBO.

Em 2001, Durst foi julgado por suspeita de ter matado e esquartejado o vizinho Morris Black, jogando os pedaços do corpo em uma baía, mas foi absolvido pelo júri após alegar legítima defesa.

A Organização Durst possui 11 arranha-céus em Manhattan, Nova York, incluindo o One World Trade Center. Robert Durst cortou formalmente os laços com sua família e com suas empresas em 2006.

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