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Egito prende dezenas durante ações de repressão a gays

2 out 2017 - 17h37
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O Egito prendeu 22 pessoas nos últimos três dias como parte de uma operação de repressão a gays depois que uma bandeira de arco-íris foi erguida em um show, disseram ativistas e grupos de direitos humanos nesta segunda-feira.

Ao menos 33 pessoas foram presas desde 23 de setembro, um dia depois que um grupo de pessoas foi visto erguendo a bandeira, uma rara demonstração pública de apoio aos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros no país muçulmano conservador.

O procurador público anunciou uma investigação depois que a mídia local iniciou uma campanha altamente crítica contra aqueles que exibiram a bandeira de arco-íris em um espetáculo do Mashrou' Leila, uma banda libanesa de rock alternativo cujo líder é abertamente gay.

Nesta segunda-feira, a polícia prendeu Ahmed Alaa e Sarah Hegazy, sendo esta a primeira mulher envolvida em incidente do tipo em anos, em relação ao caso, disse o advogado deles.

Dois homens foram presos antes por sua relação com o incidente da bandeira, mas um foi solto. As outras prisões não tiveram relação com o acontecimento, mas todas tinham relação com a suposta orientação sexual dos réus e aconteceram após o incidente.

Ao menos 10 homens foram presos entre 28 e 30 de setembro e seis outros mais cedo na mesma semana, disseram fontes judiciais. Todos os 16 foram a julgamento no domingo acusados de "promover desvios sexuais" e "devassidão", eufemismos para a homossexualidade. Um veredicto é esperado no dia 29 de outubro.

Um homem foi condenado a seis anos de prisão devido a acusações semelhantes.

Embora a homossexualidade não seja especificamente proibida no Egito, sua sociedade é conservadora e a discriminação predomina. Homens gays são presos com frequência e normalmente são acusados de devassidão, imoralidade ou blasfêmia.

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