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Dois em cada dez trabalhadores estão em risco pelo impacto do calor; relatório pede medidas urgentes

O aumento das temperaturas globais tem um impacto cada vez mais prejudicial sobre a saúde e a produtividade dos trabalhadores, alertam a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) em um relatório conjunto publicado nesta sexta-feira (22), convocando governos, empregadores e sindicatos a tomarem medidas urgentes para adaptar o mundo do trabalho às mudanças climáticas e limitar os riscos.

22 ago 2025 - 09h06
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O aumento das temperaturas globais tem um impacto cada vez mais prejudicial sobre a saúde e a produtividade dos trabalhadores, alertam a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) em um relatório conjunto publicado nesta sexta-feira (22), convocando governos, empregadores e sindicatos a tomarem medidas urgentes para adaptar o mundo do trabalho às mudanças climáticas e limitar os riscos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Meteorológica Mundial publicam nesta sexta-feira (22) um relatório conjunto que convoca governos, empregadores e sindicatos a tomarem medidas urgentes para adaptar o mundo do trabalho às mudanças climáticas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Meteorológica Mundial publicam nesta sexta-feira (22) um relatório conjunto que convoca governos, empregadores e sindicatos a tomarem medidas urgentes para adaptar o mundo do trabalho às mudanças climáticas.
Foto: AFP - REMY GABALDA / RFI

Trabalhadores rurais arando campos sob 45 °C à sombra? "Isso ainda é visto como um desconforto, algo com o qual se deve lidar, mas na realidade trata-se de uma crise de saúde pública", exclama Rüdiger Krech, da OMS.

"Ninguém deveria ter que arriscar uma insuficiência renal ou um desmaio para ganhar a vida! Proteger os trabalhadores contra o calor é uma questão de vida ou morte!", afirma. 

"Medidas imediatas são necessárias para combater o agravamento dos efeitos do estresse térmico sobre os trabalhadores em todo o mundo", destaca o relatório.

A frequência e a intensidade dos episódios de calor extremo aumentaram significativamente, elevando os riscos tanto para pessoas que trabalham ao ar livre quanto em ambientes internos, relatam a OMS e a OMM. Os efeitos do calor sobre a saúde são variados, e os trabalhadores dos setores agrícola, da construção civil e da pesca estão particularmente expostos, destacam as agências.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 71% da população ativa global está em perigo, "mais de 2,4 bilhões de trabalhadores estão expostos ao calor extremo. A cada ano, 22 milhões adoecem por causa disso e 19 mil morrem".

Atualmente, dois em cada dez trabalhadores estão em risco, destaca o chefe do serviço de Segurança e Saúde no Trabalho da OIT, Joaquim Pintado Nunes, em entrevista à RFI.

Combate ao agravamento dos efeitos do calor

"Algumas medidas são recomendadas, como a adaptação dos ciclos de trabalho conforme a dificuldade do cargo ocupado. Também é essencial fornecer aos trabalhadores equipamentos que garantam uma hidratação adequada. É necessário instituir mais pausas em áreas sombreadas e, de forma geral, melhorar a ventilação dos locais de trabalho", diz Pintado Nunes. 

Ele acredita ainda que, para que essas medidas sejam eficazes, "é fundamental capacitar não apenas os trabalhadores, mas também seus superiores hierárquicos quanto ao uso dessas estratégias de adaptação" e "o acompanhamento médico contínuo, tanto da saúde física quanto da saúde mental dos trabalhadores", declara. 

O estresse térmico, provocado principalmente pela exposição prolongada ao calor, ocorre quando o organismo não consegue mais resfriar o corpo, causando sintomas que vão desde tonturas e dores de cabeça até falência de órgãos e morte.

"Impacto imenso na produtividade" e "fonte de acidentes" 

Proibir o trabalho durante as horas mais quentes, criar espaços frescos e pausas para hidratação, monitorar a saúde física e também mental dos trabalhadores: essas são apenas algumas das muitas recomendações do relatório. 

Aos empregadores que ainda hesitam em adotar medidas de adaptação, às vezes custosas, Ivan Ivanov, da OMS, responde: "O estresse térmico tem um impacto imenso na produtividade. Também é fonte de erros e acidentes. E nenhum empresário quer um trabalho mal feito". 

Acima de 20 °C, a produtividade diminui de 2% a 3% por grau. Reduzir o estresse térmico sobre os trabalhadores também se torna uma questão econômica importante. 

Para Joaquim Pintado Nunes, é necessário "proibir o trabalho durante os horários mais quentes do dia", "mas outras medidas também são possíveis". 

RFI com AFP

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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