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Departamento de Justiça dos EUA defende forma como tem lidado com relatório de Mueller

4 abr 2019 - 19h30
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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos defendeu nesta quinta-feira a maneira como tem lidado com o relatório do procurador especial Robert Mueller que analisa os contatos entre a campanha de 2016 do presidente norte-americano, Donald Trump, e a Rússia, à medida que enfrenta crescente pressão para divulgar o documento.

O procurador-geral William Barr em evento em Washington. 26/02/2019. REUTERS/Yuri Gripas
O procurador-geral William Barr em evento em Washington. 26/02/2019. REUTERS/Yuri Gripas
Foto: Reuters

O departamento disse que o procurador-geral William Barr precisa ocultar informações confidenciais do documento de quase 400 páginas, à medida que meios de comunicação relataram que integrantes da equipe de Mueller estavam insatisfeitos com a maneira como Barr havia apresentado suas principais conclusões.

O líder da Comissão Judiciária da Câmara dos Deputados, Jerrold Nadler, que já estava pressionando Barr a divulgar o relatório completo e não editado ao Congresso, expandiu suas demandas. Nadler, um democrata, pediu que Barr divulgue imediatamente os resumos do documento elaborados pela equipe de Mueller e as comunicações entre o time do procurador-especial e o departamento sobre o relatório.

O departamento disse que esses resumos incluem informações confidenciais de um grande júri que, segundo a lei, não podem ser divulgadas.

Barr, indicado ao cargo pelo presidente republicano, tem se comprometido a divulgar uma versão editada do relatório até meados de abril.

Na semana passada, Barr disse que o inquérito de 22 meses de Mueller não estabeleceu que a campanha de Trump conspirou com a Rússia na eleição. Barr também disse que Mueller não chegou a uma conclusão sobre se Trump interferiu ilegalmente na investigação sobre a Rússia, que tem ofuscado sua Presidência.

Embora Mueller não tenha eximido Trump, Barr disse que o procurador-especial concluiu que não havia evidências suficientes para demonstrar que Trump havia cometido o crime de obstrução de Justiça.

Os jornais The New York Times e Washington Post relataram que alguns investigadores estavam insatisfeitos com a maneira como Barr descreveu suas descobertas, em um sinal de tensão entre alguns membros da equipe de Mueller e as autoridades do governo que estão supervisionando a divulgação do relatório.

Todas as páginas do relatório de Mueller têm uma advertência de que podem conter material confidencial, então Barr decidiu divulgar primeiro as principais descobertas do relatório o mais rápido possível, disse a porta-voz do Departamento de Justiça, Kerri Kupec.

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