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Criticado por gestão da covid, premiê do Japão deixará poder

Yoshihide Suga anunciou nesta sexta-feira, 3, que não vai tentar se reeleger presidente do Partido Liberal-Democrata

3 set 2021 - 08h59
(atualizado às 09h06)
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Primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, duante entrevista coletiva em Tóquio
REUTERS/Issei Kato/Pool
Primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, duante entrevista coletiva em Tóquio REUTERS/Issei Kato/Pool
Foto: Reuters

No poder há pouco menos de um ano, o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, vai deixar o cargo no fim deste mês.

O premiê anunciou nesta sexta-feira, 3, que não vai tentar se reeleger presidente do Partido Liberal-Democrata (PLD), o que vai culminar em sua saída da chefia do governo, já que a legenda com maioria no Parlamento tem a prerrogativa de indicar o líder do Executivo.

"Coloquei todas as minhas forças em enfrentar os vários problemas do país, principalmente as medidas contra o coronavírus", disse Suga nesta sexta. Segundo ele, lidar com a pandemia e com uma campanha eleitoral ao mesmo tempo exigiria uma "enorme energia".

"Percebi que não posso fazer ambas as coisas, tive de escolher uma delas", justificou. O vencedor da votação interna no PLD, marcada para 29 de setembro, será empossado como primeiro-ministro para guiar o país ate as eleições legislativas previstas para o último trimestre.

Com índices de aprovação pouco superiores a 30%, perto dos mínimos históricos registrados no Japão, Suga é criticado pela oposição e pela opinião pública pela falta de liderança durante a pandemia do novo coronavírus e pela lentidão na vacinação.

O Japão vem batendo recordes diários de novos casos de covid-19, momento que coincide com a realização das Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio. Boa parte do país vive atualmente sob estado de emergência, incluindo a capital.

Filho de um agricultor com uma professora, Suga, 72 anos, se tornou premiê quase por acaso, em setembro de 2020, após a inesperada renúncia do popular Shinzo Abe, de quem era chefe de gabinete, por motivos de saúde.

Entre os possíveis candidatos para substituir Suga no comando do PLD estão o ministro de Reformas Administrativas, Taro Kono, e os ex-ministro Shigeru Ishiba (Defesa), Hakubun Shimomura (Educação) e Sanae Takaichi (Interior), mas o único a formalizar sua candidatura até o momento é o ex-ministro das Relações Exteriores Fumio Kishida.

Ansa - Brasil   
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