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Como os EUA podem pressionar a Rússia a encerrar a guerra na Ucrânia em encontro no Alasca?

O presidente americano Donald Trump anunciou um encontro com o presidente russo Vladimir Putin no Alasca, na próxima sexta-feira (15), para negociar "uma paz duradoura na Ucrânia". Ele não descartou uma eventual "troca de territórios", o que gerou a reação imediata do presidente Volodymyr Zelensky, que recusou qualquer concessão nesse sentido.

10 ago 2025 - 09h57
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O presidente americano Donald Trump anunciou um encontro com o presidente russo Vladimir Putin no Alasca, na próxima sexta-feira (15), para negociar "uma paz duradoura na Ucrânia". Ele não descartou uma eventual "troca de territórios", o que gerou a reação imediata do presidente Volodymyr Zelensky, que recusou qualquer concessão nesse sentido.

Fotomontagem mostra o presidente russo Vladimir Putin, à esquerda, em Moscou, em 9 de maio de 2025, e o presidente americano Donald Trump em Washington em 1º de agosto de 2025.
Fotomontagem mostra o presidente russo Vladimir Putin, à esquerda, em Moscou, em 9 de maio de 2025, e o presidente americano Donald Trump em Washington em 1º de agosto de 2025.
Foto: AP - Alexander Zemlianichenko Mark Schiefelbein / RFI

Da redação da RFI em Paris, com agências

Trump está convencido de que é possível obter um acordo e encerrar a guerra na Ucrânia, apesar das condições impostas por Moscou e Kiev. Esta será a primeira vez que ele e Putin conversarão pessoalmente sobre a questão.

O encontro representa uma nova tentativa de alcançar um consenso, após vários ultimatos feitos pelos Estados Unidos. Trump já ameaçou várias vezes impor sanções à Rússia, caso o país recuse o cessar-fogo.

Na ausência de um acordo, os Estados Unidos não descartam a aplicação de sanções contra países que mantêm relações comerciais com a Rússia, especialmente nos setores de petróleo e armamentos. 

As medidas podem incluir o aumento das tarifas alfandegárias para 25% sobre produtos importados da Índia, em resposta ao consumo de petróleo russo. Outras sobretaxas poderão ser adotadas caso a demanda internacional por petróleo e gás natural produzidos pelo país não diminua. 

O presidente Vladimir Putin não se mostra intimidado pelas ameaças e considera as medidas pouco legítimas. Na prática, a Rússia continua vendendo energia e mobilizando suas exportações para amortecer o impacto das sanções ocidentais. 

O país também se apoia em trocas comerciais limitadas, porém estratégicas, que ajudam a compensar as medidas impostas pelos Estados Unidos. 

Nesse contexto, a reunião no Alasca pode se revelar apenas um duelo diplomático de alto risco e, por isso, gera apreensão em Kiev. A Ucrânia teme um acordo desfavorável, já que o presidente Volodymyr Zelensky estará ausente. 

"Qualquer decisão tomada contra nós, qualquer decisão tomada sem a Ucrânia, será uma decisão contra a paz", alertou Zelensky nas redes sociais. Os principais líderes europeus pediram que a comunidade internacional mantenha a pressão sobre a Rússia para alcançar a paz e reiteraram seu apoio à Ucrânia. 

Zelensky agradece europeus

Neste domingo (10), Zelensky agradeceu os líderes europeus. "O fim da guerra deve ser justo, e sou grato a todos que estão ao lado da Ucrânia e do nosso povo hoje, em nome da paz na Ucrânia, que defende os interesses vitais e a segurança de nossas nações europeias", escreveu na rede social X. 

"A Ucrânia saúda e apoia plenamente a declaração do presidente Macron, da presidente do Conselho italiano Meloni, do chanceler Merz, do primeiro-ministro Tusk, do primeiro-ministro Starmer, da presidente Ursula von der Leyen e do presidente Stubb sobre a paz para a Ucrânia", acrescentou, referindo-se aos líderes europeus que publicaram no sábado uma declaração conjunta. 

Os líderes do Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Polônia, Finlândia e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declararam neste sábado (9) que o "caminho para a paz" na Ucrânia não pode ser decidido sem Kiev. 

De acordo com os representantes europeus, as negociações só podem ocorrer no contexto de um cessar-fogo ou redução das tensões.

Eles também enfatizaram que "permanecem comprometidos com o princípio de que as fronteiras internacionais não devem ser modificadas pela força". Segundo a declaração, "a linha de contato atual deve ser o ponto de partida das negociações". 

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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