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Coletes amarelos vão às ruas na França no 5º sábado de protestos

15 dez 2018 - 11h07
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Milhares de manifestantes foram às ruas de cidades francesas neste sábado, no quinto final de semana de protestos em escala nacional contra o governo de Emmanuel Macron, mesmo após apelos por uma trégua.

Em Paris, as forças policiais tentam conter possíveis episódios violentos. Ainda assim, diversas lojas de grande porte, tais como a Galeries Lafayette, abriram as portas para as compras de Natal.

A mobilização está sendo baixa, em comparação com o sábado anterior, segundo uma fonte da polícia. Gás lacrimogêneo foi lançado contra pequenos grupos de manifestantes em breves confrontos com a tropa de choque perto da Champs-Elysee.

Nas proximidades, a poucos metros da residência oficial do presidente, alguns manifestantes do grupo Femen com os seios à mostra enfrentavam a polícia.

O movimento dos coletes amarelos começou em meados de novembro, com protestos em cruzamentos contra o aumento nos impostos sobre o combustível, mas rapidamente se tornou uma grande mobilização contra as políticas econômicas de Macron.

Fins de semana seguidos de protestos em Paris resultaram em cenas de vandalismo e confrontos com as forças de segurança.

O Ministério do Interior disse que cerca de 69 mil policiais estavam ativos no sábado, com presença reforçada em cidades como Toulouse, Bourdeaux e Saint-Etienne.

Uma fonte policial disse à Reuters que, até as 11h (horário local), cerca de 16 mil manifestantes estavam nas ruas da França, com a exceção de Paris, segundo os cálculos das forças de segurança. Na mesma hora, em 8 de dezembro, eram 22 mil.

Em Paris, onde agrupamentos de centenas de manifestantes marchavam por diversos bairros, 85 pessoas foram presas até por volta do meio-dia, de acordo com uma autoridade policial.

Na sexta, o presidente Macron pediu calma aos franceses depois de cerca de um mês de protestos dos chamados coletes amarelos contra as políticas de seu governo.

"A França precisa de calma, ordem e volta à normalidade", disse Macron ao sair de uma reunião com líderes da União Europeia, em Bruxelas.

Em pronunciamento em rede nacional na segunda-feira, Macron anunciou aumento de salários para os trabalhadores mais pobres e redução de impostos para os pensionistas, ampliando as concenssões para conter o movimento, mas muitos manifestantes disseram que continuariam a pressionar.

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