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Cientista: É possível, não certo, que vacina estará pronta

Sarah Gilber afirmou que a meta é que o medicamento contra o coronavírus esteja disponível até o final deste ano

21 jul 2020 - 08h12
(atualizado às 08h19)
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A possível vacina da Universidade de Oxford contra a covid-19 pode estar disponível até o final deste ano, mas não há certeza de que isso vai acontecer, disse a principal desenvolvedora da vacina nesta terça-feira.

Funcionária da Universidade Federal de São Paulo no local onde está sendo testada a vacina Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19
24/06/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Funcionária da Universidade Federal de São Paulo no local onde está sendo testada a vacina Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 24/06/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

A vacina experimental, que foi licenciada pela AstraZeneca, produziu resposta imune em ensaios clínicos de estágio inicial, mostraram dados divulgados na segunda-feira, o que preservou as esperanças de que ela pode estar disponível até o final do ano.

"A meta do final do ano para ter a vacina disponível é uma possibilidade, mas não há absolutamente certeza sobre isso, porque precisamos que algumas coisas aconteçam", disse Sarah Gilbert à Rádio BBC.

Ela afirmou que é preciso demonstrar que a vacina funciona em testes em estágio avançado, que é necessária a fabricação de doses em larga escala e que os órgãos reguladores precisam licenciar a vacina rapidamente para uso emergencial.

"Todas essas três coisas têm que acontecer e se juntarem antes que possamos começar a ver uma grande quantidade de pessoas vacinadas", disse ela.

Os cientistas de Oxford esperam que 1 milhão de doses da potencial vacina sejam produzidas até setembro.

Embora o acordo com a AstraZeneca tenha dado a capacidade industrial para fazer isso, a menor prevalência do novo coronavírus no Reino Unido complicou o processo de provar a eficácia da vacina.

Os testes em estágio avançado estão em andamento no Brasil e na África do Sul e devem começar nos Estados Unidos.

"O crucial é que tenhamos um número suficiente de pessoas expostas ao vírus que também tenham a vacina para que possamos ter um julgamento adequado sobre se ela evita a doença e permanece segura", disse John Bell, professor de Medicina da Universidade de Oxford, à BBC.

"Estamos esperançosos, particularmente por causa das baixas taxas de incidência no Reino Unido, de que os indivíduos recrutados no Brasil e na África do Sul serão, em última instância, capazes de fornecer os dados."

Não há vacina aprovada contra a covid-19 no mundo e a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que a da AstraZeneca é uma das principais candidatas.

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